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O futuro. PT “sente o clima” e não quer saber de moleza em relação aos governos do PSDB

Convenhamos, os dirigentes do PT, mesmo que não sejam assim assim estrelas – as que havia, como José Dirceu e José Genoíno, entre outras, caíram em desgraça nos últimos dois anos – estão muito longe de bobos. Todos têm muita experiência política. E percebem o que está acontecendo no entorno.

 

Por exemplo, sabem não existir qualquer candidato “natural” petista à sucessão de Luiz Inácio Lula da Silva. Isso, de um lado, explica o fato de o próprio Presidente estar se aproximando de todo mundo, inclusive o PSDB, com exceção do DEM. Aliás, menos por vontade lulista e mais porque os demistas têm sua própria estratégia. E de outro provoca a ira petista, que, como é do jogo político, não pretende perder poder -até que um candidato viável seja, se for, encontrado.

 

O fato é que o cenário está aberto. E os petistas não concebem, pelo menos a sua direção, a aproximação com o PSDB, notadamente o paulista José Serra e o mineiro Aécio Neves. Afinal, são “adversários”. É o que acha o alto comando do PT.

 

Assim, de um lado para afirmar-se como a principal sigla do governo, e de outro buscando já o caminho para 2010, qualquer que seja ele, decidiram que não cabe ao petismo acarinhar-se com o tucanato. Antes, este deve ser combatido, especialmente nos estados de maior poderio político e econômico. Não tanto pelo segundo, mas pelo primeiro fator, além do mineiro e do paulista, também a gaúcha Yeda Crusius entrou na carona.

 

O que não se sabe, e aí a dúvida é essencialmente claudemiriana, é se há de fato talento para os dirigentes petistas no combate ao tucanato (ao DEM, nem se fala) ao mesmo tempo em que corteja, com desconfiança óbvia, o aliado (de governo) PMDB. E mais ainda, desconfio que não exista assim tanta força de Ricardo Berzoini e seus colegas para dar uma “luz alta” em Lula. Mas, enfim…

 

Ah, é certo que, aos olhos do distinto público isso não tem importância alguma. Mas, afirmo, tem. Especialmente porque dentro de pouco menos de quatro anos haverá nova eleição presidencial. E o jogo começa a ser jogado agora. Se é que já não iniciou ainda em 2006.

 

SUGESTÃO DE LEITURAconfira a reportagem “PT pede “firme oposição” a governadores tucanos”, de Fábio Zanini, da Folha de São Paulo, reproduzida pela Folha Online, o braço de internet do jornalão paulista.

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