Eleições 2008. Alianças refletirão realidades da comuna, não do País. Em Sta Maria inclusive
O deputado federal Cezar Schirmer pode até dizer que o PMDB do Rio Grande, e de Santa Maria, é diferente do PMDB de São Paulo, por exemplo. E de Alagoas. É a mais absoluta verdade. Mas, ainda assim, fechado com o partido, votou (e votará de novo) a favor da prorrogação da CPMF. Fará isso junto com o PT, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e do deputado santa-mariense Paulo Pimenta, do qual é aliado em Brasília. Não vale o discurso da desagregação interna do peemedebismo, na hora do voto congressual.
Mas isso é em nível nacional. Tem que ser feita a separação, pois é impossível transpor para o município uma realidade política da corte brasiliense. Lá, acordos são feitos inclusive entre adversários notórios: o PSDB, sim, o tucanato, já votou junto com o PT em várias ocasiões. São situações completamente diferentes.
E é essa diversidade que valerá em 2008. Não adianta o presidente Luiz Inácio Lula da Silva dizer que gostaria de ver seus aliados unidos no País inteiro. É só um desejo. Sem respaldo algum na realidade. Pelo menos naquela que vigora nas comunas as mais diversas.
Em Porto Alegre, para começar, o PDT odeeeeia o PT. Está bom, não chega a tanto. Mas não fará aliança com o petismo, nem mesmo num eventual segundo turno. Já o PC do B, tradicional aliado do PT, deverá lançar candidatura própria no primeiro turno. Isso significa algo? Sim, que a política local tem predominância absoluta na hora da formação de alianças.
Aliás, e isso também é verdade, faz muito tempo que o eleitor tem essa diferença em mente. Historicamente, o que interessa, numa eleição municipal, é o município. Temas nacionais têm importância praticamente nula para a determinação da vontade do eleitorado.
Em Santa Maria isso será evidente. Até porque, como se viu lá no início, os principais protagonistas (pelo menos até agora) do pleito municipal são aliados em Brasília. Votam invariavelmente do mesmo jeito. Logo… Logo, não serão PT e PMDB que trarão notícias do Planalto para a boca do monte. Nem o PP, outro aliado petista em nível nacional. Talvez o PSDB. Se tiver candidato. Mas o efeito será duvidoso.
É. Pode acreditar. O que interessará aos partidos, por aqui, definitivamente não é o mesmo que pensa o presidente Lula. E, cá entre nós, isso é bom. A cidade é o que queremos discutir. É o que penso, ao menos.
SUGESTÃO DE LEITURA – confira aqui a reportagem Partidos da coalizão de Lula estarão rachados em 2008, de Carla Seabra, na Folha de São Paulo.
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