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É ESPORTE. O baixinho comanda a CPI da corrupção na bola. E na oval, os ‘Soldiers’ pensam no Beira Rio

Por RAMIRO GUIMARÃES

José Maria Marin (preso nos EUA), Coronel Nunes e Del Nero. Os três (e mais alguns) na mira de Romário, na CPI do Futebol (foto Ricardo Stuckert/Divulgação)
José Maria Marin (preso nos EUA), Coronel Nunes e Del Nero. Os três (e mais alguns) na mira de Romário, na CPI do Futebol (foto Ricardo Stuckert/Divulgação)

E a corrupção na bola?

Sem o mesmo destaque midiático e a mesma mobilização popular, o combate à corrupção também foi pauta no Senado nesta semana para lá de agitada na política. Comandada pelo ex-jogador Romário (PSB-RJ), a CPI do Futebol recebeu o presidente interino da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), o coronel Antonio Carlos Nunes, na quarta-feira. E o cartola, como já era de se esperar, não disse nada. Antes de se apresentar à CPI do Futebol, o cartola já tinha faltado a três depoimentos. Por isso, Romário chegou a solicitar a condução coercitiva do coronel Nunes, mas o pedido foi negado pela Justiça. Presente, o substituto de Marco Polo Del Nero (ou testa de ferro, enfim) calou e sorriu.

Da mesma forma que fez com a Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1994, o Baixinho leva a CPI do Futebol praticamente nas costas. E ainda precisa driblar os seus “companheiros” da chamada Bancada da Bola, formada por parlamentares como Romero Jucá (PMDB-RR), citado na Lava-Jato, e Zezé Perrella (PDT-MG), aquele mesmo do helicóptero de cocaína. Esses personagens ilustres, por exemplo, derrubaram o requerimento de Romário para ouvir na CPI do Futebol o ex-presidente da CBF Ricardo Teixeira. Pelo mundo afora, desde maio de 2015, irregularidades no futebol estão sendo investigadas e, acima de tudo, punidas. Só aqui no Brasil que não. Assim, dá orgulho usar a camisa da Seleção em protestos contra a corrupção mesmo…

Mais complicado ainda

Riograndense e São Gabriel, que se enfrentam neste domingo, entraram na Divisão de Acesso deste ano com pretensões bem distintas. O Periquito santa-mariense tenta arrumar a casa para não ser rebaixado, enquanto o representante da Terra dos Marechais mira chegar de novo no quadrangular final da competição. E investiu para isso. Refundado em 2013 (e sem dívidas), o Esporte Clube São Gabriel tem o apoio da Prefeitura e de uma marca forte do ramo alimentício para bancar uma folha salarial estimada em R$ 90 mil mensais (quatro vezes maior do que a do Riograndense). Para minimizar este favoritismo teórico do adversário, o Periquito contava com o fator local a seu favor no jogo deste domingo. Mas não terá esse reforço. Como o Estádio dos Eucaliptos ainda não cumpriu as exigências da Brigada Militar e dos Bombeiros, a partida saiu de Santa Maria e foi para São Gabriel. E o que já era difícil para o Riograndense ficou mais complicado ainda.

Equipe santa-mariense sonha com o Gaúcho Bowl, no Beira Rio (foto Divulgação)
Equipe santa-mariense sonha com o Gaúcho Bowl, no Beira Rio (foto Divulgação)

Para jogar no Beira-Rio

O Santa Maria Soldiers está com a cabeça no Estádio Beira-Rio. A casa do Internacional, um espetacular palco para o futebol, receberá uma partida de futebol americano pela primeira vez na história. Uma partida, não… O Gaúcho Bowl, a final do Campeonato Gaúcho de Futebol Americano. O nome, é claro, é inspirado no Super Bowl, a badalada decisão da liga norte-americana, a NFL. O Gaúcho Bowl VIII, previsto para o mês de junho, colocará frente a frente os campeões das conferências Leste e Oeste.  O Santa Maria Soldiers, que já jogou a final do Estadual três vezes e ficou com o título em duas delas, está na Conferência Oeste. Já venceu o Ijuí Drones, e tem pela frente, ainda, o Bento Gonçalves Snakes, o Buldogs (de Venâncio Aires) e o Santa Cruz Chacais. Neste domingo, o desafio é em Venâncio Aires. Será mais um passo importante para que os soldados cheguem ao Beira-Rio.

A tarefa de Roger

Depois do empate dramático com o San Lorenzo na Argentina, o Grêmio terá quase um mês de “folga” até o seu próximo compromisso pela Libertadores da América, dia 13 de abril, contra a LDU, em Quito. Tempo mais do que suficiente para Roger Machado descobrir a causa para a queda de rendimento da equipe nestes primeiros meses de 2016. Isso passa, por exemplo, em repensar a titularidade de algumas lideranças do elenco, que estão em crise técnica, como Giuliano, Douglas, Maicon e Marcelo Oliveira (os dois últimos, fora do confronto no Equador por suspensão). Domingo, em Erechim, contra o Ypiranga, Roger já poderá testar algumas alternativas. Precisa fazer isso.

A obrigação de Argel

Ok. A temporada está no início ainda, o grupo foi reformulado e os reforços “de peso” ainda irão desembarcar no Beira-Rio. Porém, mesmo assim, o Inter deveria estar jogando mais a esta altura do campeonato. Principalmente em se tratando de Gauchão. O Colorado de Argel Fucks, que pega o Lajeadense neste domingo, é apenas o quinto colocado no Estadual. Recorrendo ao batido “se o campeonato terminasse hoje”, o Inter avançaria, mas sem o benefício de decidir em casa nas etapas eliminatórias. A quatro rodadas do final da fase classificatória, Argel precisa fazer o seu time, ao menos, jogar o suficiente para vencer os adversários do Interior. Mesmo que não apresente um futebol capaz de empolgar a torcida. É o mínimo.

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