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Tendência é pela volta às aulas apenas em 16 de janeiro. E o calendário “gregoriano” retorna em 2008

Pelo menos no que depender dos professores da UFSM, que decidiram na segunda-feira pelo encerramento do movimento paredista iniciado, aqui, em 5 de setembro, a rotina somente voltará à Universidade no próximo 16 de janeiro, logo após encerrado o vestibular de 2006.

Pelo menos foi esta a decisão (tomada por maioria) da assembléia docente acontecida na manhã desta quinta, no Campus, e que contou inclusive com a participação (para esclarecimentos sobre calendário letivo) do Pró-Reitor de Graduação, Hugo Braibante.

Além de confirmar o final da greve, a assembléia definiu uma proposta, a ser apreciada nesta sexta-feira, pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFSM (CEPE), instância máxima para a decisão acerca de calendário letivo.

Dado o fato de professores serem maioria no Conselho, a tendência (ainda que não haja garantia absoluta) é que a proposta dos grevistas seja aprovada. Com o que, na prática, o segundo semestre letivo de 2005 deixou de existir. E, tomando o calendário gregoriano como base, haverá um estreitamento dos próximos semestres (com a redução dos períodos de férias) de maneira a que, por exemplo, o segundo semestre de 2006 terminará em março de 2007. A rigor, somente em 2008 a situação voltará a um nível de normalidade. Complicado de entender? É. Complicado.

Para compreender melhor leia, a seguir, a notícia distribuída aos veículos de comunicação, pela Assessoria de Imprensa da Seção Sindical dos Docentes, que traz mais detalhes da proposta e, também, a discussão havida na assembléia desta quinta-feira:

“Docente encerra greve na segunda-feira;
proposta de retorno às aulas para 16/01

Na assembléia ocorrida nesta quinta, pela manhã, no Auditório Sérgio Pires, campus da UFSM, os cerca de 50 professores que assinaram a lista de presença aprovaram por unanimidade o encerramento da greve a partir de segunda, 19, confirmando decisão anterior (na segunda, 12) e também seguindo orientação do Comando Nacional de Greve, que definiu em reunião nesta quarta, 14, por maioria de votos o indicativo de encerramento do movimento a partir de segunda-feira.
No que se refere ao calendário da UFSM, a proposta vencedora a ser encaminhada à reunião do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE), desta sexta, 16, é a que prevê o retorno às aulas somente após o recesso do final de ano e o vestibular 2006: segunda, 16 de janeiro. O período letivo se estenderia em calendário único até o dia 19 de abril.
A proposta do Comando, que foi a vencedora com 33 votos, consiste ainda em: exames de 24 a 29 de abril; de 2 a 31 de maio o período de férias docentes; de 24 a 31 de maio seria o período de matrículas e, com o início do primeiro semestre de 2006 em 5 de junho. O término do primeiro semestre seria em 2 de outubro; os exames, de 3 a 9 de outubro; matrículas de 18 a 22 de outubro; segundo semestre com início em 23 de outubro e término em 6 de março de 2007.
Mas a proposta do Comando não foi a única a ser apresentada. O professor do departamento de Odontologia Restauradora, Roberto Bisogno, defendeu uma bastante polêmica. Pela proposta do docente, o semestre seria retomado na segunda, 23, com interrupções para o final de ano e no vestibular, continuidade em janeiro e, com um mês de férias em fevereiro. Essa sugestão acabou sendo modificada ao longo da assembléia, com a proposta de retomada em 2 de janeiro, mas mantendo as férias de fevereiro. Contudo, a proposição foi rejeitada em vários discursos.
João Batista Paiva, do departamento de Hidráulica e Saneamento considerou a proposta de Bisogno “insustentável” do ponto de vista político. Diorge Konrad, professor do departamento de História e diretor da SEDUFSM, rechaçou posições “corporativas” da categoria. Segundo ele, não se pode pensar apenas individualmente, querendo garantir férias. “Quando entramos na greve deveríamos saber que iríamos para o sacrifício. A universidade não existe só pelo professor, mas também pelos estudantes”, analisou Konrad. A proposta do professor Roberto Bisogno recebeu cinco votos.
Na terceira proposta, que foi apresentada pelo professor Ricardo Dalmolin, do departamento de Solos, a idéia seria de retomar o calendário na segunda, 19, com interrupção apenas nos períodos previstos, tais como entre Natal e Ano Novo e durante o vestibular. No restante, as aulas seguiriam sem interrupções. Essa proposta recebeu apenas três votos.
Durante a assembléia esteve presente o pró-reitor de Graduação, professor Hugo Braibante, que tirou várias dúvidas sobre a questão do calendário.
”

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