OLHA ESSA! De Collor até Dilma, nenhum candidato sem aliança chegou ao 2º turno da eleição presidencial
Do portal especializado PODER360, com texto de Naomi Matsui e imagem de Reprodução
Se mantiverem a situação atual, 3 dos principais candidatos à Presidência terão de romper uma tendência histórica se quiserem vencer ou garantir uma vaga no 2º turno. De 1989 a 2014, nenhum candidato conquistou o Planalto ou foi para o 2º turno sem ter apoios formais de outras legendas. Até agora, Jair Bolsonaro (PSL), Ciro Gomes (PDT) e Marina Silva (Rede) não concretizaram alianças.
Os 3 têm encontrado dificuldade para selar acordos nacionais devido às costuras estaduais. O prazo para formalização das combinações termina em 5 de agosto.
Ciro Gomes esperava o apoio do PSB, mas a sigla de Carlos Siqueira deve optar pela neutralidade. Marina ofereceu para o PV a indicação de vice em sua chapa, mas a coligação ainda não está confirmada.
O caso mais complicado, entretanto, é o de Bolsonaro. O militar negociava com o PR, mas o diálogo foi encerrado quando o senador Magno Malta (ES) se recusou a ser vice. Bolsonaro passou a cogitar 1 acordo com o PRP, que também negou. Ainda há chances de fechar com o nanico PRTB, de Levy Fidelix.
A lista fica maior se for considerado o candidato Henrique Meirelles (MDB). Ele também não deve se aliar nacionalmente com outras siglas. Apesar de fazer parte do maior partido do país, ele corre por fora nas pesquisas de intenção de voto.
Até esta 5ª feira (2.ago.2018), o candidato com mais alianças é o tucano Geraldo Alckmin. Já o apoiam DEM, PR, PP, PTB, SD, PRB e PSD, com tendência a fechar também com PPS e Avante.
Parte das siglas já oficializou o apoio em suas convenções partidárias e alguns devem fazer nos próximos dias. Caso isso se confirme, seria a maior aliança tucana desde a redemocratização, com 10 siglas, incluindo o PSDB.
O histórico é favorável ao tucano. Desde 1989, só uma vez o candidato com a menor coligação saiu-se vitorioso. Foi em 1994, quando o Fernando Henrique Cardoso (PSDB) bateu Lula (PT). O tucano contava com o suporte de 2 partidos, além do PSDB. Lula tinha com o apoio de 7 siglas, incluindo o PT.
Apesar da desvantagem no número de legendas aliadas, FHC contava com o PFL. Na época, com mais de 80 deputados, os pefelistas disputavam com o PMDB o posto de maior partido.
A indefinição de coligações em 2018 atinge até mesmo siglas historicamente aliadas. O PC do B apoiou todas as candidaturas petistas desde 1989. Neste ano, porém, optou por lançar nome próprio: Manuela D’Ávila.
Até o momento, o PT de Lula conta apenas com 1 apoio, ainda não formalizado, mas já anunciado. É do nanico PCO, que não tem deputados federais. Os petistas também negociam com o Pros.
A formação de coligações é importante por alguns motivos. Os principais são o acúmulo de tempo de rádio e TV e o fortalecimento de palanques estaduais.
As coligações, no entanto, nem sempre seguem uma lógica. Entre os exemplos da falta de ideologia, está o apoio do PSL a Marina Silva em 2014. A sigla abriga atualmente Bolsonaro, crítico de Marina.
Legendas como MDB e Podemos estiveram tanto com candidatos tucanos como petistas. E siglas como Solidariedade, PR, PRB e PSD, fechadas com Alckmin neste ano, já apoiaram o PT no passado.
Um dos casos mais curiosos é o do PPS: esteve com boa parte dos candidatos atuais: Ciro Gomes, Marina Silva, Geraldo Alckmin e Lula…”
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Parece mais aquelas estatísticas de futebol. Inter ganhou trocentos grenais, Grêmio ganhou trocentos menos 10 e ocorreram trocentos menos 5 empates. Concluem que a probabilidade do Inter ganhar ou dar empate é maior.
Conclusão: tem muitas coisas que influem numa eleição, número de coligações é uma delas. Existem fatores novos (redes sociais) dos quais não se sabe o peso (pode inclusive ser nenhum).