Coluna

Você assiste filmes demais – por Bianca Zasso

Quando o responsável por este sítio, como ele mesmo gosta de chamar, me convidou para escrever sobre cinema, lá em 2012, ganhei total liberdade para escolher o tema das minhas colunas. O chefe sempre confiou em mim. Começo este texto relembrando essa história porque, durante estes quase sete anos, foi aqui que eu marquei território como cinéfila e crítica todas as semanas. Hoje, devido a outros trabalhos, optei por escrever de quinze em 15 dias para não deixar cair a qualidade. E hoje descobri que valeu a pena.

No próximo dia 14 de setembro inicia o 51º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, um dos mais tradicionais do país. É daqueles lugares onde muitos dos filmes que hoje são considerados clássicos do nosso cinema foram exibidos pela primeira vez. E esta que vos escreve vai estar lá. Também pela primeira vez. Ok, pode parecer algo bobo, mas é o primeiro festival fora do estado que encaro como trabalho, com a árdua e também divertida tarefa de assistir muitos filmes, talvez nem todos com a devida atenção por causa do tempo escasso. Quem gosta de cinema também gosta de festivais. Além de ser um espaço para descobertas de novos talentos, também é um ambiente para se discutir e trocar sobre cinema. Esqueça o glamour, o tapete vermelho. A gente gosta mesmo é da sala escura e boas histórias contadas em imagens.

Coincidências da vida, justo no meu primeiro ano no Festival de Brasília, a primeira festa do cinema que acompanhei de perto volta a habitar nossa cidade. A décima segunda edição do Santa Maria Vídeo e Cinema vai rolar de 21 a 25 de novembro, num clima bem diferente dos anos anteriores, quando o frio santa-mariense fazia todo mundo se encolher diante da tela montada na Praça Saldanha Marinho. Vai ser quase verão (assim esperamos, já que o tempo anda louco) e a torcida é para que a cidade volte a respirar cinema. Sim, porque eu sou de uma época em que, a cada ano, novos aspirantes a diretores e roteiristas corriam contra o tempo para lançarem seus filmes no SMVC. Foi nesse ambiente que concretizei o que havia brotado ainda na infância. Eu era uma criança que assistia filmes demais, de acordo com algumas pessoas. Cresci e não apenas continuei o vício como fiz questão que ele não fosse apenas um passatempo, mas a razão do meu trabalho.

Óbvio que não foi um caminho fácil. Tentei desistir algumas vezes. Só tentei. Algo me puxava de volta. Se sou boa no que faço ainda não sei dizer, mas tenho toda a certeza de que coloco muita paixão em cada linha que escrevo e, a cada sessão de cinema, meu coração ainda dispara, pois pode ser mais um filme que entra para a lista de preferidos. Mesmo decepcionada com algumas películas, não largo o osso. Dá trabalho, a gente dorme pouco e anota muito, mas não troco por nada. E boa parte da culpa é do dono deste sítio, onde pretendo escrever até o dia que ele não suportar mais os meus e-mail.

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