ELEIÇÕES. Analistas observam a possibilidade de antecipação do “voto útil” já para o primeiro turno
Do jornal DESTAK, em reportagem de CAROLINA CRUZ, com foto de Fábio Pozzebom (ABr)
Faltando três semanas para a população ir às urnas, os índices de rejeição aos candidatos são superiores aos da preferência. Diante disso, cresce o movimento pelo chamado ‘voto útil’, que consiste em escolher quem tem mais chances de impedir a vitória de um eventual adversário no segundo turno.
O professor de Ciência Política, André Ziegmann, do Centro Universitário Internacional Uninter, explica que, no atual cenário, a preferência ideológica do eleitor é determinante. “É um voto útil, que está mesclado com o voto ideológico. Por exemplo, quem não quer o PT no segundo turno tende a concentrar o seu voto no Jair Bolsonaro [PSL] porque ele é o mais bem posicionado entre os candidatos de centro-direita.”
De acordo com o especialistas, pessoas que não se consideram com preferência ideológica estão mais propensas a abrir mão da escolha. “Elas podem votar nulo, podem votar branco ou no candidato com propostas menos extremadas”, afirmou o especialista.
Ainda de acordo com Ziegman, as pesquisas já mostram um impacto do voto útil. “A manutenção de Bolsonaro no patamar que ele está e o crescimento do Haddad já é resultado da [intenção pelo] voto útil, de concentrar em quem tem mais chance de ir ao segundo turno e derrotar o que você considera o pior cenário – neste caso, a eleição de Bolsonaro ou a volta do PT”, explicou.
Campanha
Os candidatos que vêm se posicionando como de centro nas eleições investem no ataque contra o PT e Bolsonaro, no sentido de criar a imagem de alternativa para os eleitores que se posicionam contra as vertentes que essas candidaturas representam.
O candidato mais enfático na estratégia é Geraldo Alckmin (PSDB), que afirma expressamente nas peças publicitárias ser “a única alternativa contra o PT”. Recentemente o tucano afirmou que Bolsonaro é “um passaporte para a volta dos petistas”, em referência às pesquisas que mostram a fragilidade do candidato no segundo turno.
Marina Silva (REDE) apresenta-se como uma opção contra a “velha política”, além de atacar com frequência o posicionamento de Bolsonaro e lembrar casos de corrupção que envolvem o Partido dos Trabalhadores.
Ciro Gomes (PDT) que divide os eleitores da esquerda, tem enfatizado críticas ao governo de Dilma Rousseff. “Ninguém merece outra Dilma”, disse ele na última semana em relação a Haddad.
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Alckmin, além dos rolos dele, usou estratégia errada desde o começo. Marina colocou um vice nada a ver e a campanha já derreteu.
No mais toda projeção é chute.