LÁ DO FUNDO. Mortari e as cobras, o ex-interino no Iplan, Cechin e a articulação, o calçadão e candidatos

– Campanha do Marion Mortari à Assembleia Legislativa teve mídia involuntária, com o impedimento pelo TRE, seguido de posterior recurso e, por enquanto, garantia para concorrer a deputado.

– Más línguas (só pode, né) nos corredores da Câmara diz que houve gente com ciúme por lá. Também queriam o mesmo “tratamento”. Bueno, tem gosto (e sonho) pra tudo.

– Nos anos 80, lá pelo finalzinho, e também no início dos 90, o então vereador James Pizzarro, declarou ser a Câmara de Vereadores um lugar de muitas cobras.

– Tanto, dizia ele, que era conveniente ir de botas às sessões. Sim, há registro disso. Passados quase 30 anos, há evidências de que não mudou muito. Se é que mudou.

– Pelos registros oficiais, inclusive matérias provenientes da Prefeitura, tem-se a impressão que Daniel Pereyron foi oficializado na presidência do Instituto de Planejamento.

– Ele, que era vice-presidente interino do Iplan, assume o lugar de Vilson Serro, que se demitiu do Iplan há coisa de três meses.

– Não há qualquer nomeação oficial, mas é evidente que o vice-prefeito Sérgio Cechin desempenha funções políticas cada vez mais visíveis na administração municipal – e não apenas o “segundo” do prefeito Jorge Pozzobom.

– Cechin, por exemplo, esteve papeando com o presidente da Câmara, Alexandre Vargas, o Procurador Jurídico Lucas Saccol e o Chefe de Gabinete, Júlio César dos Santos.

– O assunto:  o projeto de regularização de edificações construídas em desacordo com a legislação específica, os ditos “puxadinhos”, e que a Prefeitura gostaria de ver agilizada a tramitação.

– Vêm aí dois sábados de intensa atividade política no Calçadão Salvador Isaía. Bem mais, até, do que a vista no último final de semana, em que o local reuniu mais de uma dezena de candidatos.

– É verdade que os bolsonaristas são, noves fora Manoel Badke, os mais barulhentos. Mas não são os únicos e a tendência é que, adiante, haja um “empate”, independente dos finalistas no segundo turno.

– Ah, para fechar: é bastante discreta visualmente a campanha da maioria dos candidatos a deputado. Inclusive por conta da falta de troco. E é quase invisível a dos concorrentes majoritários ao Palácio Piratini. Ponto.