TRAGÉDIA. Incêndio consome Museu Nacional, no RJ. Instituição foi fundada por D. João VI, há dois séculos
Do portal do Correio do Povo, com informações d’O Estado de São Paulo e foto de Reprodução
Um incêndio de grandes proporções atinge o Museu Nacional, na zona norte do Rio, na noite deste domingo, 2. Especializado em história natural e mais antigo centro de ciência do País, o Museu Nacional completou 200 anos em junho em meio a uma situação de abandono.
O Corpo de Bombeiros foi acionado às 19h30min e rapidamente chegou ao local, mas até as 21h o fogo permanecia fora de controle. Era um incêndio de grandes proporções que tinha tomado todos os andares do edifício. Dezenas de curiosos entravam na Quinta da Boa Vista para ver o incêndio. Funcionários choravam. Não havia registro de feridos. Grandes labaredas atingiam os dois andares, e estrondos eram ouvidos de tempos em tempos.
“Começou por volta das 19h30. Eu moro pertinho e, assim que soube, vim pra cá. É uma pena, acho que não vai sobrar nada”, afirmou o advogado Marcos Antônio Pereira, de 39 anos, enquanto acompanhava o combate ao fogo. Entre os funcionários do museu, o clima era de desespero. “Queimou tudo, perdemos tudo”, repetia uma mulher, aos prantos. Ela não quis se identificar.
O museu foi fundado por D. João VI e tinha como um dos atrativos o quarto onde dormia o imperador D. Pedro II, no Palácio de São Cristóvão.
Apesar do ambiente ainda majestoso, reportagem feita pelo Estado em abril observou vários sinais de abandono, como um lustre parcialmente quebrado, alguns móveis sem conservação e manchas de umidade na parede. Com um dos mais importantes acervos de história natural da América Latina, o museu chegou ao bicentenário com goteiras, infiltrações, salas vazias e público de menos de 200 mil pessoas por ano – muito abaixo de sua capacidade.
Museu abriga esqueleto mais antigo das Américas
O museu, ligado à Universidade Federal do Rio de Janeiro, reunia algumas das mais importantes peças da história natural do País, como Luzia, o esqueleto mais antigo já encontrado nas Américas. Com cerca de 12 mil anos de idade, foi achado em Lagoa Santa, em Minas Gerais, em 1974. Trata-se de uma mulher que morreu entre os 20 e os 25 anos e foi uma das primeiras habitantes do Brasil. A descoberta de Luzia mudou as teorias sobre o povoamento das Américas…”
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Como sempre, só vira problema quando estoura a caixa da m. Isto é Brasil. Ajudaria um pouco se os malas de plantão mostrassem toda a indignação antes, porque depois que as coisas acontecem é barbada.
Segundo aspecto, população na sua grande maioria não está nem aí para o acontecido. Políticos sabem também que museu não dá voto.
Finalmente, dentre os muitos aspectos do abandono do local, o quarto onde dormia o imperador, segundo noticiário, tinha virado o gabinete do diretor. Ou seja, estava mais para repartição pública do que outra coisa.