LÁ DO FUNDO. Cida, as mães e secretaria, troco de montão em dois anos, discurso lamentoso a caminho
– A vereadora Cida Brizola, do PP, “levou um lero” com o prefeito Jorge Pozzobom, no início da última semana. O papo foi sobre o projeto “mãe santa-mariense”.
– A edil antecipou a Sua Excelência a proposta, que tem a ver com acompanhar as gestantes tratadas na rede pública do Pré-Natal até o primeiro ano de vida do bebê.
– Bueno, vai daí que essa conversa virou combustível para as especulações em torno da possível ida da pepista ao Primeiro Escalão, como secretária de Saúde.
– Fonte graúda, daquelas com acesso aos principais gabinetes do 7º andar do Centro Administrativo, garantiu ao editor, peremptoriamente: “sem chance”.
– Se há, consta nos autos politicos palacianos, alguém com prestígio junto ao prefeito, que é quem decide, afinal, é a titular da pasta, Liliane Duarte.
– E não é só pelo trabalho realizado à época em que o próprio Pozzobom acumulava a pasta, senão que por suas atitudes e ações posteriors.
– Sempre ressalvando que o “peremptório” em política não quer dizer muita coisa, talvez seja o caso de prestar atenção. Isto é: quem teria interesse em desestabilizar a gestão na Saúde?
– Ah, e aqui não se trata de gente da oposição falando, senão que integrantes do próprio governo. No popular, é o tal de fogo amigo.
– Dizer que Pozzobom aposta “tudo” na aprovação, pela Câmara, da autorização para tomar empréstimos que somam R$ 78 milhões, talvez seja um exagero.
– Mas, na verdade, na verdade, a Prefeitura conta muuuito com isso, para poder resolver (é o que pretende) a questão buracal da cidade e do interior.
– Mais que isso: no 7º andar, e também noutras dependências do poder comunal, seria a pavimentação do caminho que pode levar à reeleição do projeto de governo tucano, com ou sem Pozzobom.
– Aliás, há em gestação no núcleo de poder uma convicção: há a possibilidade de recursos adicionais que somem até R$ 200 milhões (incluídos os empréstimos em análise).
– Se isso se concretizar, e não há detalhes precisos, exceto, quem sabe, os R$ 10 milhões da Corsan para obra entre as Faixa Nova e BR 392, argumentos poderosos pró-reeleição se levantarão.
– Para que se tenha uma ideia do significado desse troco de montão que se derramaria sobre a cidade, significa algo como 15% adicionais ao orçamento de cada ano ao longo de 2019 e 2020.
– Para fechar: prepare-se para os discursos lamentosos de vereadores que não tiverem logrado êxito em suas tentativas de virar deputado. Isso se não acontecerem ainda antes de domingo.
– Isso, claro, somado à tentativa de extrair algo otimista. Mas só para os que fizerem mais de 2 mil votos em Santa Maria. Aguardemos.
Cargo de secretário é ad nutum, prefeito nomeia e destitui como quiser. Só que a fritura que já foi tentada pelo menos duas vezes com secretários diferentes que alguns consideram ‘do jogo político’ não passa de sacanagem (para deixar a mãe dos outros em paz, não tem culpa dos filhos que colocaram no mundo). Pior que as justificativas eram coisa de cabeças de bagre, sem o menor fundamento.
Outra coisa que merece um ‘premio’ (Alfafa de Ouro?) é vincular a solução de um problema da cidade a reeleição tucana. Porque os ‘inteligentes’ irão criar caso com justificativas diferentes para não aprovar o dinheiro para dificultar a reeleição e facilitar a própria.
Ou seja, para quem não entendeu, o alcaide de plantão não pode resolver problemas porque corre o risco de se reeleger.
Por último, não menos importante, se o dinheiro (vaticínio) não entrar este ano fica para as calendas. Novo presidente, novas prioridades.