Vai piorar. Schirmer quer,mas dificilmente poderá manter relação política cordial com Pimenta

Na sexta-feira, como noticiei aqui na tarde do mesmo dia, um encontro entre o prefeito municipal Cezar Schirmer, do PMDB, e o deputado federal Paulo Pimenta, do PT, reinstalou a harmonia entre eles, perdida nos últimos dias por força de três acontecimentos bem específicos.

Com exclusividade, este sítio, na quinta, informou da insatisfação do parlamentar com três casos objetivos. Um, a não realização de solenidade oficial de inauguração da BR 158; dois, a não citação do trabalho dele (e de Valdeci Oliveira e de Luiz Celso Giacomini) na concretização das obras de recuperaçao do Centro Desportivo municipal; e três, a perseguição política de que estavam sendo vítimas servidores do quadro geral da administração, apoiadores seus na campanha à prefeitura em outubro.

Aparentemente, a paz foi restabelecida. E este (nem sempre) humilde repórter acredita mesmo que o prefeito, por moto próprio, vontade pessoal e necessidade política, não tem o mínimo interesse em hostilizar o deputado. Antes, quer mesmo manter uma relação cordial, amistosa e se possível colaborativa. Sabe Cezar Schirmer que Paulo Pimenta é o seu maior elo, para não dizer o único, entre Santa Maria e o Governo Federal – que, como se sabe, tem a chave do cofre. Portanto, que motivos teria para um confronto? Nenhum, é o que penso. O momento máximo de unidade entre os dois, inclusive, está registrado na foto que ilustra esta nota: o encontro com prefeitos da região, promovido pelo deputado, no início de março.

Mas, então, por que o repórter é tão afirmativo ao dizer, no título desta nota, além da dificuldade (apesar de querer) de manter essa boa relação, e mais do que isso, avança ao afirmar que vai piorar? Porque, por mais que controle o Executivo, e controla, por mais que leve na rédea curta o pessoal que o cerca, há circunstâncias que simplesmente fogem das mãos de Schirmer.

Uma boa pista pode ser encontrada no que escrevi sábado na seção “Luneta”, da coluna Observatório, que publico no jornal A Razão e reproduzo neste sítio. Logo nas primeiras notas dou conta de que haveria um inusitado ciúme do trio de candidatos em 2010, alojados no secretariado e que não estavam gostando da história do “chefe” estar amigo do “inimigo” Pimenta.

– continua logo em seguida, acima –