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MÍDIA. Outro jornal definha. Veículo de Collor demite 30 jornalistas e passa de diário a semanal em Alagoas

Do portal Congresso em Foco, com imagem de Reprodução

Primeira capa do jornal de Maceió, de 1934. Agora ele se transforma em semanal

Braço impresso da Organização Arnon de Mello (OAM), um dos maiores conglomerados de mídia do Norte-Nordeste brasileiro, o jornal Gazeta de Alagoas deixou de circular diariamente 84 anos após sua fundação. Nos últimos dias, 30 dos 45 jornalistas da redação do periódico foram demitidos, e os que foram mantidos passarão a acumular funções na versão eletrônica do grupo, o site Gazetaweb. Uma ação civil contra as demissões em massa foi aberta no Ministério Público de Alagoas pelo sindicato local (leia mais abaixo).

Com tiragem de cerca de 15 mil exemplares, o jornal é o mais influente de Alagoas e pertence à família do senador Fernando Collor de Mello (PTC-AL). Além do jornal Gazeta e do site Gazetaweb, o conglomerado reúne emissoras de rádio, a TV Gazeta, uma das primeiras emissoras do Nordeste afiliadas da Rede Globo, o Instituto Gape (Gazeta Pesquisa) e o Instituto Arnon de Mello (área de responsabilidade social).

O clima é de consternação no estado. Profissionais de imprensa e o sindicato local têm se manifestado contra a demissão em massa e se dizem em luto pelo jornalismo alagoano. Há a possibilidade de que sejam realizadas manifestações públicas, como passeatas, por iniciativa de entidades de classe como o Sindicato dos Jornalistas de Alagoas (Sindjornal).

Por meio de nota conjunta … a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e o Sindjornal protestaram contra a direção do jornal e escreveram que “a gestão continuou ignorando os sinais de mudança do mercado e deixou que as dificuldades se agravassem, chegando ao fim que agora se apresenta”. “Repudiamos a decisão de abrir mão de um legado que faz parte da história de Alagoas, ao invés de buscar soluções para viabilizar a empresa”, diz trecho da nota.

Por meio de comunicado publicado na capa da edição de 10 de novembro – o sábado que marcou a última edição diária -, o jornal diz que a ideia agora é manter a atualização diária de seu site e produzir a edição semanal com “caráter opinativo mais reforçado e diversificado nas análises dos acontecimentos”. “Estaremos com duas versões de mídia mais dinâmicas e mais modernas, seguindo a tendência dos principais jornais de todos os países”, acrescenta a nota.

Luto na festa

Presidente do Sindjornal, Izaías Barbosa anunciou a abertura de uma ação civil pública contra o jornal no Ministério Público de Alagoas. Em evento de premiação jornalística realizado neste fim de semana, Isaías fez discurso enfático em defesa da classe e criticou a forma com que as demissões foram executadas, súbita e arbitrariamente.

No mesmo evento, a blogueira Graça Carvalho, uma das jornalistas mais experientes de Alagoas, também lamentou a postura da direção do jornal. Em seu blog, Graça resumiu o clima de tristeza da classe jornalística.

“Como acontece todos os anos, muita expectativa entre os concorrentes, torcidas organizadas, em todas as categorias, mas a comemoração dos premiados foi mais discreta se comparada a edições anteriores. No geral, o clima era de consternação, por conta da demissão em massa ocorrida no jornal Gazeta de Alagoas, às vésperas da premiação. Logo na entrada do local do evento, uma faixa já anunciava: ‘Imprensa alagoana de luto'”, observou…”

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