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A PAIXÃO POR UMA CIDADE (97). Santa Maria, eis aí a fonte de inspiração para Haydée Schlichsting Hostin Lima

Por LICIANE BRUN (texto e foto)

Haydée Hostin Lima: “vista linda, paisagens bonitas e morros lindíssimos”

A janela de seu apartamento foi a inspiração para muitos de seus poemas sobre Santa Maria. A professora Haydée Schlichsting Hostin Lima não nasceu aqui; é natural de Paranaguá, no Paraná. Apesar disso, nutre um forte amor à Santa Maria, que a recebeu em 1954, quando veio morar na cidade junto de seu pai, que era militar. A lembrança mais remota que tem é da antiga rua Gaspar Martins, agora avenida Medianeira.

“Lembro que avistei o prédio do colégio Centenário. Logo depois, foi lá que comecei a estudar”, recorda. A impressão da menina, na época com nove anos, era de que Santa Maria era uma cidade pequena. A Universidade Federal ainda não havia sido criada.

Presidente da Casa do Poeta de Santa Maria (CAPOSM), a professora já residiu em Santana do Livramento por 19 anos, quando se casou. Depois de perder o esposo, Haydée voltou a Santa Maria, junto de suas filhas, que precisavam estudar. Além disso, a mãe da professora morava aqui, o que impulsionou para que voltassem à cidade da Boca do Monte. “Aqui são muito fortes as condições de estudo que as faculdades proporcionam. E para os jovens, há muita opção de diversão”.

“Santa Maria tem uma vista linda, paisagens bonitas e morros lindíssimos”, define. Se precisasse ir embora, Haydée sentiria falta de todo seu envolvimento cultural. “Aqui conheço o cronista, o poeta, o artista plástico, o quadrinista. Conquistar isso em outra cidade seria difícil”, revela. Há muitos motivos que a prendem na cidade. É em Santa Maria que tem a mãe, filhos, netos e todo seu círculo de amigos, principalmente a Casa do Poeta. Por isso, sair daqui não passa pela sua cabeça. “Sou apaixonada por essa cidade, e provo isso com meus poemas”.

A lição é clara: cidade de feição bendita,

imaculada medianeira, sinos torturando

e travessas, ônibus atulhados de sonhos,

camelôs e a avenida rio de estrelas,

ilusão, querendo voltar no século.

…a cidade é clara e transita na prata das luminárias

como um sino na avenida

– Maria –

ao pé da santa.

*(Haydée S. Hostin Lima – trecho do poema Cidade Clara, feito para Santa Maria)

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