BASTIDORES. Cida ‘vira-casaca’, Luci indecisa, Kaus acastelado e bem mais em meio ao plenário ocupado
Por MAIQUEL ROSAURO (texto e foto), da Equipe do Site
Quase nenhum vereador saiu incólume com a agitada sessão dessa terça-feira (5). Enquanto o Plenário da Casa estava ocupado por estudantes e dirigentes do 2º Núcleo do CPERS/Sindicato, os bastidores ferviam. E claro que sobraram farpas para todo lado, independente de partido ou grupo de vereadores.
Na confusão que se sucedeu por mais de uma hora, os tucanos ficaram furiosos com João Kaus (MDB), o autor da moção de apoio ao Projeto Escola Sem Partido e, indiretamente, responsável por boa tarde da confusão. O motivo: enquanto o pau comia no Plenário, o emedebista seguia acastelado em seu gabinete no segundo andar do Casarão da Vale Machado. Kaus só desceu quando o Plenário foi desocupado.
Por outro lado, teve tucano que elogiou a postura de Kaus.
“O Kaus conseguiu o que queria, estremecer o lado de lá”, disse uma fonte do site. Por ‘lado de lá’ entenda como Grupo dos 11.
E se a moção tivesse sido votada nessa terça, quem venceria? A resposta já circulava na Rádio Corredor bem antes de Kaus (tentar) defender a moção.
Se não tivesse ocorrido a ocupação, a moção teria sido rejeitada por 9 x 8. Logo no início da sessão havia um empate em 8 x 8 e o voto de minerva seria da vereadora Cida Brizola (PP), que votaria contra a proposta de Kaus. Porém, no desenrolar da sessão, a progressista virou a casaca.
“Falei para a Martha Najar (coordenadora do Sinprosm) que votaria contra, mas não posso permitir uma educação anarquizada como a que estou vendo agora. Se quisessem discutir, que viessem para a tribuna ao invés de fazer anarquia. Agora vou votar contra”, disse Cida ao site em meio ao furdunço.
E que ninguém diga que a vereadora Luci Duartes – Tia da Moto (PDT) não é coerente com as suas atitudes. No Facebook ela manteve sua já conhecida postura, no qual ninguém sabe ao certo se ela é governo ou oposição, vereadora ou servidora… ou se vota a favor ou contra a moção.
Jornalistas da TV Câmara (e da imprensa em geral) ficaram revoltados. Na mais interessante transmissão do ano a Mesa Diretora mandou cortar o link ao vivo. A desculpa para a censura foi a violência que poderia ocorrer…
Mas a situação mais delicada foi vivenciada pelos seguranças da Casa. Se eles retiram os manifestantes do Plenário, não fazem mais do que o seu trabalho. Mas se agem com um mínimo de força física podem ter que responder a processo interno (fato que já ocorreu este ano). Assim fica difícil trabalhar.
No fim das contas, o presidente em exercício da Câmara, Adelar Vargas – Bolinha (MDB), até conseguiu sair elogiado por boa parte dos vereadores. Mesmo com todo o estresse, o emedebista manteve o diálogo até o fim com todos os lados e até ajudou a apartar um empurra-empurra no início da ocupação.
Noutro dia Werner Rempel declarou na rádio que o povo falava que as legislaturas pioravam com o tempo, a próxima era sempre pior. Justificou dizendo que um edil de primeiro mandato não tinha a mesma tarimba dos antigos. João Kaus não é vereador de primeiro mandato, é?
Esse João Kaus é uma piada, que qualificação esse cara tem pra tratar sobre educação ? Aliás Santa Maria está uma maravilha para estar perdendo tempo com bobagem e a Cida falando em ir pra tribuna, de que adianta ir 1 ou dois representantes da sociedade civil cada um falar 10 minutos e ter que ouvir, dezenas de vereadores falando besteira
A culpa do caos é do Kaus. O resto foi consequência da desinteligência e do oportunismo do suplente no exercício do cargo.
Acastelado seria uma definição muito elegante do editor! No sábio linguajar da massa, diríamos ENCAGAÇADO!