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CÂMARA. Na tribuna, vereadores trocaram farpas, após a ocupação do Plenário. Confira o que disseram!

Por MAIQUEL ROSAURO (com foto de Taísa Medeiros/AICV), da Equipe do Site

A ocupação do Plenário da Câmara de Vereadores de Santa Maria, durante a sessão de terça-feira (4), acirrou os ânimos dos parlamentares. As galerias se esvaziaram após o adiamento da votação da moção de João Kaus (MDB) em apoio ao Projeto Escola Sem Partido, mas na tribuna o clima seguiu quente. Os parlamentares se revezaram em discursos fortes com críticas para todo lado.

O local foi invadido quando Kaus fazia sua defesa e só foi desocupado mais de uma hora depois, após o emedebista retirou a iniciativa da Ordem do Dia. A votação será realizada apenas nesta quinta (6).

O site assistiu todas as manifestações que se sucederam na tribuna e selecionou pequenos trechos de cada depoimento. Abaixo, confira como os vereadores reagiram à tumultuada sessão:

“O projeto que estava em discussão era uma moção de apoio ou não. Todos têm sua liberdade de escolha e decisão, e isso foi tolhido a este Parlamento”.

Manoel Badke – Maneco (DEM)

“Que bom que o Brasil vai ter outra cara, que bom que o Brasil vai ter outro contexto, que bom que o povo disse não, que bom que as urnas deram a resposta que não aceitam mais a corrupção, a politicagem e a escravidão de cérebros dos alunos dentro das escolas”.

João Chaves (PSDB), líder do governo na Câmara

“Eu estranho que o vereador João Chaves esteja fazendo um discurso como se ele fosse do PSL e não do PSDB. O projeto do seu partido nem foi para o segundo turno, não teve voto. O projeto do meu partido fez 47 milhões de votos e precisa ser respeitado”.

Valdir Oliveira (PT), líder da oposição na Câmara

“É um dia que temos que lamentar. É um dia de profunda vergonha nesta Casa pela forma como se manifestaram alguns marginais que aqui passaram, na forma como acuaram pessoas com ideias diferentes”.

“É um dia que temos que lamentar”. Vereador Deco Domingues, do PSDB, ao criticar na tribuna a ocupação do Plenário, na terça

André Domingues – Deco (PSDB)

“Não consigo e não posso aceitar que generalizem todos os professores, porque nem todos têm a mesma postura do que aconteceu aqui. Por sinal, os professores municipais tiveram outro tipo de postura aqui dentro hoje, porque estão sabendo dialogar. Agora, infelizmente professora Celita, não posso dizer isso do nosso CPERS. Está faltando parar para conversar, dialogar e não querer colocar goela abaixo os seus princípios político-parditários”.

Luci Duartes – Tia da Moto (PDT)

“Tenho o maior orgulho da minha profissão, de dizer que eu sou professora. Estamos há quatro anos sem receber nossos salários, não vi ninguém aqui falar ou fazer moção para professores que se mataram porque não tinham dinheiro para pagar aluguel ou levar comida para casa. Fique, professora Luci, que citou minha pessoa várias vezes, fique quatro anos sem receber um centavo de aumento, sem receber o seu salário, eu desafio. É muito fácil jogar pedra no telhado do vizinho”.

Celita da Silva (PT)

“Certamente, se a senhora fizesse uma moção para os professores estaduais, a senhora seria respeitada nesta Casa, porque nós não iriamos fazer o que foi feito aqui. Talvez não fosse aprovada por unanimidade”.

João Kaus (MDB)

“Não precisamos de uma escola sem partido, precisamos de professores sem partido. E o que eu escutei e vi hoje mudou meu voto. Não posso admitir que usem o nome educação para uma anarquia e uma invasão que mostrou falta de educação junto com professores que aqui estavam”.

Cida Brizola (PP)

“Penso, vereadora Luci, que um professor deva sim ter sua autonomia no educar, no saber e no conscientizar. Penso mais ainda, cada momento de um mestre dentro da sala de aula tem que fazer a autocritica, conscientizar não é educar sabendo”.

Jorge Trindade – Jorjão (REDE)

“Acho que a Casa evoluiu muito hoje porque temos que ter sensatez em vários momentos. E o vereador João Kaus demonstrou extrema sensatez quando acatou o pedido da Mesa Diretora para que pudesse adiar essa votação”.

Deili Silva (PTB)

“É muito feio um parlamentar fazer banana, gestos ridículos para pessoas que estavam aqui visitando esta Casa e defendendo suas posições. Isso é vergonhoso e lamentável. Chamar as pessoas de marginais é grave e desrespeitoso”.

Daniel Diniz (PT)

 “Tem muitos animais que valem mais que muitos seres humanos, inclusive os que estiveram aqui à tarde”.

Manoel Badke – Maneco (DEM)

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