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Quem foi. E quem ficou. A pizza do mensalão

Falta quase nada para encerrar o processo, na Câmara dos Deputados, decorrente da CPI dos Correios. O julgamento político está no fim – só há três processos pendentes, no Conselho de Ética. Os outros 16 citados no relatório preliminar da Comissão, em outubro do ano passado, e que embasou os procedimentos abertos, já tiveram sua situação analisada pelo plenário.

Neste momento, não deixa de ser interessante rever o que aconteceu com todos eles. E Ricardo Noblat, em seu site, nos oferece uma visão bem apropriada do que aconteceu. Confira o texto que ele postou neste sábado, a propósito do tema:

“Números da pizza

Em relatório preliminar de outubro do ano passado, a CPI dos Correios recomendou a abertura de processo de cassação contra 19 deputados acusados de terem se beneficiado do mensalão – propina paga pela dupla Delúbio Soares-Marcos Valério para que votassem na Câmara de acordo com o governo.

Dos 19, quatro renunciaram aos mandatos para escapar de uma eventual cassação, nove foram inocentados por seus pares e apenas três cassados.

Outros três ainda respondem a processo no Conselho de Ética da Câmara. Mesmo que o Conselho recomende a cassação deles, ninguém ali aposta que serão cassados.

A Câmara tem um total de 513 deputados. Para que um seja cassado, no mínimo 257 deputados têm que votar “Sim”. O voto é secreto.

Roberto Jefferson (PTB-RJ) foi cassado com 56 votos além do mínimo necessário; José Dirceu (PT-SP), 36 votos; e Pedro Corrêa (PP-PE), apenas quatro.

Três deputados foram absolvidos com folga: Sandro Mabel (PL-GO) teve 340 votos a seu favor; Pedro Henry (PP-MT) 355; e Roberto Brant (PFL-MG) 283.

Seis deputados escaparam porque faltou o número mínimo de votos para que fossem declarados cassados ou absolvidos.

Quer dizer: em relação a eles, a Câmara foi incapaz de decidir para o bem ou para o mal.

Faltaram sete votos, por exemplo, para cassar Romeu Queiroz (PTB-MG). E quatro para cassar o Professor Luizinho (PT-SP). E apenas um para absolver João Paulo Cunha, (PT-SP), ex-presidente da Câmara.

Na sessão convocada para julgar Queiroz em meados de dezembro do ano passado, 457 dos 513 deputados registraram presença.

Na hora da votação, 14 deputados sumiram. Foram engrossar a lista de ausentes que era de 56 até então. Se fossem favoráveis à absolvição teriam ficado para votar.

Outros 22 se abstiveram de votar. Mais oito votaram em branco. E um anulou o voto.

Pela cassação, votaram 250. E 162 pela absolvição.

Deputado que falta à sessão de julgamento de um colega na verdade o ajuda a se livrar de punição.

Faltaram 81, esta semana, à sessão onde 241 votaram pela cassação de José Mentor (PT-SP) e 175 por sua absolvição.

Dezesseis deputados preferiram se abster, anular o voto ou votar em branco.

Mentor salvou o mandato por exatos 16 votos.”

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