LÁ DO FUNDO. O veto ao projeto do Alemão, trocas mirando 2020, silêncio ali e acolá, e os ‘puxadinhos’?
Por CLAUDEMIR PEREIRA (com foto de Camila Porto Nascimento/AICV), Editor do Site
– Aparentemente, o prefeito Jorge Pozzobom e o núcleo principal de poder, aqueles com quem discute e eventualmente ouve, decidiram por um pé no freio das mudanças no Primeiro Escalão.
– Não haveria pressa, inclusive, em resolver quem comandará de forma permanente as Finanças ou a Infraestrutura.
– Por enquanto ao menos, Guilherme Cortez segue na interinidade da gestão do troco municipal e Sérgio Cechin se mantém na liderança da pasta que tapa os buracos da cidade, entre outras atividades.
– Na verdade, na verdade, se as fontes do Centro Administrativo Municipal não estiverem distraídas pelo espírito natalino, uma mudança única aparece no horizonte próximo.
– No caso, a saída (a pedido) de Liliane Duarte, que comanda a pasta da Saúde. Mesmo essa troca, que também depende da escolha (ainda não feita) do substituto, pode demorar. Aguardemos.
– Aliás, que se registre: as trocas (e os substitutos permanentes) têm muito a ver com a gestão, mas também conta, e muito, a eleição de 2020, que, como se sabe, está ali na esquina.
– A preocupação eleitoral, por sinal, não está apenas no governo. Também a oposição trata do assunto. Quem faz isso com mais desenvoltura, até aqui, é o PDT de Marcelo Bisogno.
– Os outros protagonistas, por enquanto, estão silenciosos. Ao menos publicamente. PT, sobretudo, atua na busca de organização interna. Mas pensa, claro, na sucessão de Pozzobom.
– Já os demais, ainda que com suas justas pretensões, mais esperam que qualquer outra coisa, na tentativa de cavar um, por enquanto invisível, possível protagonismo.
– A propósito do projeto do vereador Leopoldo Ochulaki, o Alemão do Gás, que libera gratuitamente o estacionamento para idosos acima de 60 anos, há pelo menos três convicções.
– A primeira e principal é que se trata de projeto inconstitucional (trata-se de perda de receita, que deveria ser compensada de outra forma), e portanto, deverá ser vetado pelo prefeito.
– A segunda é que a aprovação foi um claro oportunismo dos edis, todos querendo contar com a boa vontade do Alemão, na votação da nova Mesa Diretora da Câmara, nesta quinta-feira.
– A terceira convicção decorre das duas primeiras: o prefeito Jorge Pozzobom somente vetará DEPOIS da eleição de quinta, pois seus assessores políticos temem perder o voto de Alemão.
– A quarta convicção é claudemiriana e não conta: é assim que se faz política em Santa Maria. E alhures, se diga. Ou, por outra: Alemão do Gás é consederado APENAS um voto. Nada mais.
– Pra fechar: será que os vereadores darão um jeito de votar ainda este ano o projeto dos “puxadinhos”, que pode significar interessante acréscimo de receita ao município? Pois é.
Será interessante se o projeto do Alemão do Gás for vetado. A perda de receita provocada pela gratuidade pode ser embutida no valor da tarifa do parquímetro, de maneira semelhante ao que acontece com as gratuidades do transporte coletivo. Se pode embutir o custo da gratuidade na tarifa do ônibus porque não se poderia fazer o mesmo com a tarifa do parquímetro???