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TRABALHO. O desemprego é apenas parte de uma explicação para a informalidade. Veja dois exemplos!

Bruna Oliveira, a ex-estudante de jornalismo, e as vantagens que encontrou como designer de sobrancelhas e hoje também maquiadora

Por ANDRESSA MARIN (com foto de Arquivo Pessoal), Especial para o Site

O conceito de economia informal está ligado aos trabalhadores que não têm carteira assinada e que não contribuem com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Com isso, eles acabam não tendo acesso à Lei do Seguro-desemprego e a todos os auxílios que nela se inserem.

Segundo Mateus Frozza, economista e professor universitário, hoje temos cerca de 14 milhões de pessoas  desempregadas no país. E ainda, se levar em consideração aquelas pessoas que deixaram de procurar emprego, o número pode chegar a casa dos 24 milhões. Em meio a carteiras de trabalho sem assinatura, as pessoas acabam buscando outras formas de renda, como por exemplo fazer salgadinho para fora, passar roupa, cuidar de carros na rua ou até mesmo abrir uma microempresa na garagem de sua casa.

O economista ainda afirma que em Santa Maria o caso da informalidade é gritante: “é muita gente buscando agregar renda por não ter carteira assinada, mas que gostariam de ter e de se legalizar, virar um microempresário individual e ter nota fiscal. Mas o peso do imposto sobre este empresário é muito grande então ele acaba abrindo algo por necessidade”, diz o economista.

Tanto a vontade como a necessidade de ajudar nas contas da casa fizeram com que Caroline Costa, de 22 anos, estudante, tivesse a ideia de vender cookies artesanais, juntamente a sua mãe, Angélica Rigonzoni, de 41 anos. Em uma primeira tentativa falha de vendas no Brique da Vila Belga, houve o desânimo. Mas após elogios de pessoas próximas, amigos e colegas, a ideia voltou a ascensão.

Hoje essas pessoas do seu meio social acabaram se tornando clientes fiéis a elas. O que fez que as duas passassem a se organizar melhor. A filha fica com a parte da divulgação e redes sociais, enquanto a mãe se resolve com a cozinha e coloca a mão, literalmente, na massa. “Foram diversas receitas e testes, diversas texturas de cookies, erros e acertos até se chegar no que vendemos hoje, mesmo que, acredito eu, estejamos em constante mudança e evolução” , relata a estudante.

No caso de Bruna Oliveira, 23 anos, que antes era estudante de jornalismo e que viu uma oportunidade de se tornar designer de sobrancelhas e maquiadora. Ela percebeu as vantagens e resolveu mudar de carreira. A profissional conta que sempre teve afinidade com a estética e por isso resolveu investir os gastos com a faculdade para montar seu espaço de trabalho. Agora, após quase três anos, tem sua própria empresa, a qual por enquanto toca sozinha.

Bruna hoje se diz sem nenhum arrependimento e bastante realizada: “ser empreendedora é muito bom porque tu tem ideias em um dia e no outro já pode colocar em prática. Vê o que não dá certo o que dá. É muito legal poder tomar conta do teu próprio trabalho e decidir quando tu vai ganhar por mês, não alguém decidir por ti”, afirma.

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