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Telefonia. Taí. Eis um setor que funciona. Ainda que, cá entre nos, concorrêêência não há

Tenho sérias restrições ao jeito como se privatizou a telefonia brasileira, em meio aos anos 90, por obra e graça do governo Fernando Henrique Cardoso – em processo conduzido pelo falecido ministro das Comunicações, Sérgio Motta. Aliás, eu e muita gente, que ainda desconfia de alguns acordos pra lá de estranhos e que, lembra, até mesmo derrubou um ministro (Mendonça de Barros) pego em conversas telefônicas pra lá de amigáveis com grupos que pretendiam vencer a concessão A ou B.

 

Então, entendo que isso precisa um dia ficar perfeitamente esclarecido. Como também penso que essa história de concentração (que a mídia grandona de economia tem colocado, em regra, como um benefício) ainda vai complicar o cidadão no seu órgão mais sensível, o bolso.

 

Afinal, sairemos de um monopólio público, que tornava inacessível o telefone à maioria dos cidadãos, para um oligopólio privado? Em que dois ou três, se tanto, vão ditar os preços, direto de Madrid ou da Cidade do México? Aí também não. É bom a sociedade ficar atenta para esses movimentos que se encaminham, é o que noto, para essa direção.

 

Mas que é bom saber que há telefone disponível a qualquer hora, em prazo aceitável, não há dúvida. Que a lista de espera é praticamente nula, também. E que a telefonia móvel já conta com mais de 100 milhões de aparelhos em funcionamento, o que equivale a um para cada dois brasileiros, é igualmente salutar.

 

No entanto, temo que daqui a pouco estejamos nos queixando. Os tubarões se unem. E os bagrinhos dançam. Eles não dão a mínima pra gente, mas não custa ficar de olho. Por via das dúvidas, eu fico.

 

SUGESTÃO DE LEITURA leia aqui a reportagem “Número de celulares em funcionamento no país passa de 102 milhões, diz Anatel”, publicada na versão online do jornal especializado Valor Econômico.

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