PCB, PC do B, PPS. Idéias siglas e uma idéia. Afinal, os herdeiros do partido nascido em 22

Na verdade, cometi um equívoco, no título. E dos graves. As siglas, na verdade, são duas: PCB e PC do B. O PPS (Partido Popular Socialista) há muito tempo não defende idéia alguma parecida com socialismo ou comunismo. Basta ver quem são seus principais líderes, por exemplo, no Rio Grande do Sul. Ou alguém acha que Nelson Proença é alguma coisa parecida com comunista. E, atenção, isso não é demérito muito menos desonra; cada um defende o que pensa. Mas daí a chamar de herdeiro do Partido Comunista nascido em 1922 vai uma grande distância. Certo?

Dito isto, e ressalvando que este (nem sempre) humilde escriba não professa a fé comunista, é preciso, em respeito à história, lembrar que neste domingo festejou-se os 85 anos de existência da sigla mais antiga da política brasileira. Nascia, em 25 de março, lá nos idos de 22, o Partido Comunista do Brasil.

E aí começa a confusão: tanto o PCB quanto o PC do B (o PPS, também, mas vamos desconsiderá-lo, por favor, lembrando apenas que é ex-comunista) reivindicam a data como sua. E têm lá suas razões. Por isso a minha sugestão de leitura, como você verá abaixo, é uma magnífica idéia do editor de A Razão, José Mauro Batista – que ouviu representantes dos três partidos, em Santa Maria. No texto eles fazem suas considerações e apontam as próprias divergências. Basta ler. E entenderá.

Quanto a mim, firmo convicção: tanto PCB quanto PC do B têm seus motivos pra lá de fundados para reivindicar. Não é o caso do PPS. Este, aliás, deveria abrir mão de vez de um suposto legado histórico. Se nem Roberto Freire, presidente nacional da sigla, por suas palavras e atos políticos, é mais comunista, por que os outros serão?

SUGESTÃO DE LEITURA –  leia aqui a reportagem “O que pensam hoje os herdeiros do Partido Comunista”, assinada por José Mauro Batista. Ou na versão impressa do jornal A Razão, nas bancas nas primeiras horas da manhã desta segunda-feira.