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ARTIGO. Valdeci sem preconceito quanto ao modelo para duplicar a 287. Mas povo deve ser ouvido, afirma

Trabalho coletivo pela duplicação da RSC 287

Por VALDECI OLIVEIRA (*)

Principal ligação entre o Centro do Estado e a Região Metropolitana, a RSC-287 é atualmente uma rodovia acanhada, esburacada e perigosa para os milhares de usuários que trafegam por ali todos os dias. No entanto, devido a relevância que a estrada adquiriu no cenário econômico do interior gaúcho e observando os diversos municípios e localidades que dependem da via para o deslocamento rodoviário, eu acredito – com a experiência de quem é usuário frequente dessa rodovia há 30 anos – que é insuficiente apenas se prever o mero conserto das irregularidades da pista – que deve e tem que ocorrer com urgência.

A 287, pelo potencial de desenvolvimento que oferece a diversas regiões gaúchas, acrescento aqui também as regiões do Vale do Rio Pardo e Centro Serra, precisa ter suas condições de segurança ampliadas e precisa, necessariamente, ser duplicada de forma gradual e dentro de um projeto consistente, viável orçamentariamente e bem discutido com a população.

Ao enxergar esse contexto, o meu mandato de deputado estadual definiu o apoio a essa causa como a sua principal bandeira de luta para os próximos quatro anos, junto, claro, com a defesa da abertura dos leitos do Hospital Regional de Santa Maria 100% SUS.

Nesse sentido, em fevereiro, no primeiro dia de trabalho da legislatura 2019-2022, eu recolhi as assinaturas necessárias, garantidas por deputados e deputadas de diferentes bancadas, e protocolei, no Parlamento, o requerimento para criação da Frente Parlamentar em Defesa da Duplicação da RSC-287.

Na semana posterior, eu protocolei requerimentos para realização de três audiências públicas sobre o tema. As propostas foram aprovadas e, com isso, nas próximas semanas e meses, a Assembleia Legislativa irá a Santa Maria, Santa Cruz do Sul e Venâncio Aires debater a duplicação com autoridades e a comunidade.

Importante registrar que essa atuação na Assembleia é um trabalho que se soma à ação já em desenvolvimento pelo meio empresarial do Vale do Rio Pardo e da Região Central. Essas lideranças lançaram, com extrema legitimidade, durante as Eleições de 2018, o Movimento Duplica 287. Eu, assim como outros candidatos, assinei o compromisso de, caso eleito, defender e multiplicar as ações dessa mobilização.

Com a criação da Frente, com a promoção de audiências públicas e também com os contatos permanentes junto à Secretaria dos Transportes, acredito estar seguindo à risca o pacto firmado. Todos que estão engajados nessa mobilização sabem que o projeto não será efetivado “do dia para a noite”. Mas todos também sabem que permanecer de braços cruzados agora é a melhor forma para não duplicar a via nem amanhã nem daqui a alguns anos.

Vale destacar que o tema da 287 também é caro para o governo do Estado, o que é muito importante, pois é o Executivo estadual que tem a tarefa de executar obras e projetos de relevo para o Rio Grande. Em audiência realizada recentemente com o secretário estadual dos Transportes, Juvir Costella, ele me assegurou que a melhoria e a duplicação dessa rodovia são prioridades da gestão.

E conforme divulgado pelo próprio Palácio Piratini, nesta segunda (25), será lançado um plano de parcerias público-privadas que vai prever investimentos na 287, nos cerca de 200 quilômetros entre Santa Maria e Tabaí.

Independente da modelagem que o governo definir para a rodovia, e eu não tenho preconceito com essa ou aquela opção, é fundamental que essa discussão também leve em conta a opinião do usuário da rodovia e das comunidades.

O fundamental é que a rodovia receba obras de vulto, voltadas principalmente para a questão da segurança, que o usuário pague pedágios justos e que a competitividade econômica do interior gaúcho seja ampliada. A união de esforços, acima de diferenças políticas ou partidárias, é um elemento central para levar adiante e materializar, mais cedo ou mais tarde, esse grande avanço para Santa Maria e para a Região Central.

Lembro que, no passado recente, algumas pessoas e alguns segmentos também achavam que era quase impossível concluir a pavimentação da BR-158, a Faixa de Rosário, ou fazer acontecer a Travessia Urbana, em Santa Maria. Felizmente, essas iniciativas estratégicas para o desenvolvimento saíram do papel e hoje são realidades. Que a duplicação da 287 siga o mesmo caminho!

(*) VALDECI OLIVEIRA, que escreve sempre à sextas-feiras, é deputado estadual pelo PT e foi vereador, deputado federal e prefeito de Santa Maria.

NOTA DO EDITOR: a foto das proximidades da praça de pedágio de Candelária é de Divulgação/EGR

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