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CIDADE. ‘Ato em Defesa do Direito à Aposentadoria’ une sindicatos e reúne multidão no centro da cidade

Por MAIQUEL ROSAURO (texto e foto), da Assessoria de Imprensa do 2º Núcleo do CPERS/Sindicato

Uma grande mobilização (foto acima) marcou o Ato em Defesa do Direito à Aposentadoria, realizado no fim da tarde desta sexta-feira (22), no Centro de Santa Maria. Milhares de pessoas protestaram em uma marcha que percorreu as ruas centrais da cidade.

O ato iniciou com uma concentração na Praça Saldanha Marinho, onde dirigentes sindicais se revezaram em vários discursos. O diretor do 2º Núcleo do CPERS/Sindicato, Rafael Torres, chamou atenção para dura realidade enfrentada pelo Chile, país em que o governo Bolsonaro se inspirou para formular a Emenda Constitucional que trata da Reforma da Previdência.

“Essa emenda vem para acabar com a previdência atual que o trabalhador possui para substituir por um modelo falido, onde milhares de aposentados recebem menos da metade de um salário mínimo chileno”, afirmou Torres.

Em 1981, o ditador Augusto Pinochet adotou o modelo de capitalização, o mesmo que Bolsonaro quer para o Brasil. Sem proteção do Estado e nem aporte de patrões, os trabalhadores tiveram que contribuir individualmente, tendo suas poupanças administradas por empresas privadas. O resultado foi trágico: hoje, conforme dados da Superintendencia de Pensiones de Chile, trabalhadores que deveriam se aposentar com R$ 2.635, recebem entre R$ 660 (mulheres) e R$ 870 (homens).

Conforme o diretor do Sindicato dos Bancários de Santa Maria e Região, Claudenir Freitas, a Reforma da Previdência foi feita na medida para os bancos privados, que estão de olho nos polpudos lucros que serão capitaneados via previdência privada.

“Estamos fazendo uma reforma que vai prejudicar os trabalhadores e beneficiar os bancos privados. Mas também é preciso ressaltar outro ponto importante. Por que os militares têm a possibilidade de propor uma reforma que beneficia eles e o resto da população tem que engolir essa proposta?”, questiona Freitas.

O ato desta sexta, em Santa Maria, foi organizado pela Frente Única dos Trabalhadores, integrada por diversos sindicatos, coletivos e partidos políticos. O evento fez parte de uma mobilização nacional contra a Reforma da Previdência.

LEIA TAMBÉM:

PROTESTO. Centenas vão às ruas centrais da cidade em ato contra a proposta de Reforma da Previdência” (AQUI)

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2 Comentários

  1. Negócio é deixar ‘falar’ o quanto quiserem, mostram total despreparo para debater o assunto. Primeiro, não adianta converter as aposentadorias chilenas para o Real por um motivo simples: não reflete o poder de compra da moeda, o custo de vida é diferente, a tributação é diferente.
    Segundo aspecto: aqui no Brasil muitos descontaram a vida toda para receber uma determinada quantia e não recebem. O assalto foi patrocinado pelo Estado.
    Bachelet reformou o sistema de pensões no Chile (inclusive com sugestões do Banco Mundial). Criaram impostos de ‘solidariedade’ para financiar uma espécie de benefício de prestação continuada para complementar aposentadorias e incluíram (sem direito a opção) uma porção de gente que estava fora, inclusive os autônomos. Não significa que ‘todos viveram felizes para sempre’, podem ser necessárias mudanças no futuro.
    Problema seguinte é que dinheiro não dá em mimiógrafo. Por isto o grau de investimento era importante, para os fundos de pensão estrangeiros investirem no país. Para quem não liga uma coisa com a outra, não adianta migrar para a capitalização se o dinheiro não encontrar projetos rentáveis para multiplicar. Ou seja, no final das contas a economia tem que entrar nos eixos, caso contrário não importa se é capitalização ou repartição.

  2. Milhares huahuahaha o militante Maiquel do site forçou heim… está mais certo o cara da assessoria dos sindicatos que falou centenas, mais próximo da realidade.

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