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ELEIÇÕES. Fim de alianças à Câmara obriga partidos a terem nominata forte e candidato a prefeito em 2020

Plenário da Câmara de Vereadores: uma grande incerteza cerca o pleito de 2020 e as chances de cada partido para ocupar as 21 cadeiras

Por CLAUDEMIR PEREIRA (com foto de Arquivo), Editor do Site

O PDT fez uma quantidade de votos muito próximas do suficiente para eleger uma bancada com dois parlamentares em Santa Maria, no pleito de 2016. Ainda assim, não chegou lá e tem só um edil. No caso, a vereadora Luci Duartes. Ok, foi um resultado frustrante, para quem imaginava ter dois nomes no parlamento – o segundo seria Rogério Ferraz que, mesmo com quase 2 mil votos, ficou de fora.

Mas infinitamente pior foi quatro anos antes. Em 2012, o PDT estava coligado com o DEM. Seu puxador de votos, Marcelo Bisogno, fez quase 9 mil, e a aliança garantiu, com o desempenho dos demais, alcançar três cadeiras na Câmara. Detalhe: o PDT, mesmo com grande maioria da preferência dos eleitores, dentro da aliança, fez apenas um edil, o próprio Bisogno. Os outros dois, com votação beeem menor, foram do DEM (Manoel Badke e Tavores dos Santos).Aliás, os demistas emplacaram também a primeira suplente, ficando o PDT com a segunda. Ok, ok, ok. É a regra e ninguém está se queixando. Foi apenas uma estratégia equivocada.

Os exemplos acima, porque bem elucidativos, foram pinçados para dizer que esse tipo de situação dificilmente ocorrerá no próximo pleito. Em 2020, as alianças proporcionais estão vetadas. E será cada um por si. PDT, DEM e outros partidos ditos médios terão dificuldades para emplacar um, quanto mais dois ou até três parlamentares.

Para que isso aconteça, é consenso, são duas as condições.

Uma delas é ter uma forte nominata, capaz de angariar bastante votos. Mesmo que o candidato não se eleja, ajudará o partido e os seus companheiros.

O PDT, para ficar no mesmo exemplo (e principalmente se Luci Duartes se for para o PP, o que se dá como certo), terá que ter bem mais que Rogério Ferraz, para alcançar o quociente eleitoral e, até, ampliar a bancada.  E está, diga-se, correndo atrás de novos nomes.

O mesmo vale para o DEM, hoje resumido, eleitoralmente, a Manoel Badke. Se ele não tiver parceria, a chance de renovar o mandato se reduz. É exatamente o caso de uma andorinha só não fazer verão.

A outra condição é ainda mais complicada, na medida em que partidos médios, com a provável exceção do PDT, quiça do PSB, não têm nomes fortes capazes de puxar uma bancada. Sim, a segunda exigência é ter um candidato a prefeito, se possível competitivo. De novo, as siglas citadas (com Marcelo Bisogno e, se nada mudar, Fabiano Pereira) são as únicas a ombrear com os grandões.

Mesmo estes, e o MDB (que, depois do PT, é o que tem o maior número de filiados na cidade) é o caso mais emblemático, apresentam dificuldades. Não se sabe como se comportará o partido de Cezar Schirmer (se ele seguir na cidade) vai se comportar. Já levou uma lavada em 2016, abrindo mão de ser cabeça de chapa, e portanto de propagandear o 15 (para o sempre importante voto de legenda) e não se sabe a estratégia para o próximo pleito. Como manter a bancada de três vereadores, sem cabeça de chapa?

Enfim, esse é apenas um esboço. O tema voltará. E com bastante força. Inclusive porque os partidos grandões, incluídos aqui PT, PSDB e PP, sobretudo, além do PTB, correm que correm atrás de gente capaz de fazer muuuito voto. Ou as bancadas simplesmente murcharão. Aguardemos!

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