LÁ DO FUNDO. Por que tantos nomes, ação do DEM, um guloso PRB, Luciano ‘é o cara’, PP pegando preço?
Por CLAUDEMIR PEREIRA (com imagem de Reprodução), Editor do Site
– O deputado estadual Valdeci Oliveira, inclusive por conta da presidência da Assembleia Legislativa, que deve assumir em 2022, não concorrerá à Prefeitura em 2020, pelo PT.
– Pelo menos é o que corre na agremiação, que se impôs um prazo até abril deste ano para definir a candidatura do petismo.
– Diante do quadro, o grupo dos sete (quatro vereadores, dois deputados e a presidente da agremiação) deve bater o martelo em torno do nome de Luciano Guerra, a rigor o único do grupo que quer mesmo concorrer.
– Mas, atenção, como este espaço já registrou na semana passada, a decisão não é exatamente pacífica. Há gente, que prefere ainda não se identificar, a se colocar “na fila” e pode entrar na disputa. Pode.
- Amplos detalhes de tudo isso você tem daqui a pouco, nos Bastidores contados pelo repórter Maiquel Rosauro. Pode aguardar!
– Impressiona a gula política do PRB, o partido que tem o escudo da Igreja Universal e que, em Santa Maria, tem como nome maior o vereador e ex-presidente da Câmara, Alexandre Vargas.
– Além dele, também conta com o ex-candidato a prefeito (então pelo Solidariedade, e hoje perrebista) Jader Maretoli, secretário estadual adjunto de Esportes.
– O fato é que o partido está em plena fase de busca de reforços. E não quer qualquer um. Os alvos são os vereadores Jorge Trindade, o Jorjão, do (por aqui e também alhures) quase moribundo Rede, e Adelar Vargas, o Bolinha, pra lá de descontente com os rumos do MDB, pelo qual se elegeu.
– Atenção: Trindade pode ir antes (acompanhando o ex-deputado João Derly, hoje secretário de Esportes), pois o Rede pode se fundir com outro e, portanto, não haveria perda de mandato.
– Não é o caso de Vargas, que teria de esperar a janela da traição, prevista para abril do próximo ano, quando, pela lei, “ninguém é de ninguém” e ele poderia deixar o MDB sem risco de perder cadeira de vereador.
– Embora a seriedade dos envolvidos, todos lideranças expressivas no PP santa-mariense, poucos acreditam, nos bastidores, que o PP lance mesmo candidatura própria à Prefeitura em 2020.
– O mais provável, embora isso cause urticária em alguns de seus líderes, é que o partido esteja se fortalecendo junto ao governo municipal, buscando barrar possível avanço do MDB. Na linguagem política, o PP estaria “pegando preço”. Desenhando: se valorizando politicamente, quem sabe obtendo mais espaço no governo ou, mesmo, impedindo que os emedebistas ocupem lugar.
– De todo modo, o certo é que o PP, de todos os protagonistas da política local, ombreando com PT e PSDB, é a sigla que tem mais nomes graúdos em condições de concorrer à vereança e manter ou quem sabe ampliar a sua bancada.
– A pergunta é: por que tantos partidos, de repente, resolveram apresentar (mesmo que isso não se confirme adiante) nomes para concorrer à Prefeitura?
– Há duas respostas. Uma é que isso garante espaço midiático, expõe positivamente as agremiações e manda recado a quem quer o apoio deles para a Prefeitura. Do tipo “estou aqui, mas posso ir sozinho”.
– A outra é bem mais prática. Quem tiver candidato a prefeito, desde que não seja minúsculo, terá que bancar uma nominata forte à Câmara de Vereadores. Sem aliança, proibida por lei, será uma grande dificuldade para todos, mas especialmente aos menores.
– Para fechar: aparentemente, depois de rusgas furiosas, o DEM santa-mariense está pacificado. Será que a dor ensinou a gemer?
– Ah, são boas chances de uma chapa única e recheada com todos os grandões da sigla, na convenção do próximo final de semana.
– Para 2020, ninguém duvida que o time demista continuará com Jorge Pozzobom, do PSDB, e o grande desafio será montar nominata expressiva para a Câmara. Isso para, pelo menos, manter a cadeira hoje ocupada por Manoel Badke.
O que aconteceu no caso do PP é bastante comum na mídia tupiniquim. Pegaram declarações de duas ou três pessoas isoladamente, amostra pouco significativa. Pessoas que até podem ser ouvidas dentro do partido, mas não necessariamente determinam o destino da sigla. O que ficou de fora? O que era fulcral, uma entrevista do Cechin. Isto acontece em diversos assuntos e em diferentes níveis.
Ou seja, o ‘a culpa é da imprensa’ não é gratuito.