Vem aí disputa na concessão da ‘287’ com quem quer a duplicação da Faixa Nova de Camobi
Por LUIZ ROESE (*)
Vem aí uma disputa entre o Vale do Rio Pardo e muita gente de Santa Maria, na futura concessão da RSC-287. Não vai ter jeito. Serão praticamente inevitáveis as sugestões a mudanças nos parâmetros da futura concessão da RSC-287.
O movimento Duplica 287 (http://www.duplica287.com.br/), do qual faz parte a Câmara de Comércio, Indústria e Serviços de Santa Maria (Cacism) e o pessoal do meio empresarial do Vale do Rio Pardo, é justamente não sugerir mudanças no edital proposto pelo Estado para evitar que novos estudos sejam feitos, o que poderia atrasar em anos o lançamento da concorrência que definirá a empresa responsável pelos 204,5 quilômetros da RSC-287 entre Tabaí e Santa Maria.
A posição vai contra quem quer a duplicação de nove quilômetros da Faixa Nova de Camobi, que ficou fora do projeto do Estado. O detalhe é que isso mudaria totalmente o modelo econômico-financeiro do projeto elaborado pelo Estado, o que exigiria novos estudos e poderia adiar a concessão em meses ou até mesmo anos.
O mesmo vale para um possível reordenamento no cronograma de obras. Isso deve render debates acalorados na audiência pública de 6 de maio no Centro de Convenções Park Hotel Morotin, em Santa Maria. Essa será a única audiência do governo, informação que você leu antes AQUI.
Na audiência do dia 6 de maio, o público assistirá a uma apresentação com os detalhes técnicos do projeto em discussão. Na sequência, será aberto espaço para manifestações por escrito e ao microfone. Cada participante previamente inscrito e cadastrado terá, no máximo, um minuto para sugestões e questionamentos.
(*) Luiz Roese é Jornalista. Ele vive outra vez na boca do monte, após um lapso de tempo em que retornou a Porto Alegre, depois uma dúzia de anos em Santa Maria – onde se aquerenciou no início do século e atuou profissionalmente nos jornais Diário de Santa Maria e A Razão. Ele é colunista deste site, escrevendo às quintas-feiras.
Sugestão de incluir a Faixa Nova obviamente muda o modelo econômico-financeiro, óbvio. Nesta altura do campeonato (se tivesse aparecido antes não seria problema) só pode ter saído de alguém que não tem a mínima noção do problema. Detalhe: o novo modelo até poderia concluir que seria necessária praça de pedágio adicional ou ainda mudança nos prazos de duplicação. Resumo: para quem só sabe falar, falar é muito fácil.
Não li o atual projeto, mas acredito que existe outro motivo para conflito (se aparecer interessado). Como a obra é bloco único tenho quase certeza que, em virtude da diferença de tráfego entre os diversos trechos, o pessoal do Vale do Rio Pardo vai ‘subsidiar’ a duplicação de Santa Cruz para cá.