COMPORTAMENTO. Quando o animal deixa de ser melhor amigo do homem e se transforma no seu “filho”
Por BRUNA MILANI (com fotos de Arquivo Pessoal), Especial para o Site (*)
Eles têm quatro patas ou mais, podem possuir asas, cascos. Alguns tem poucos pelos, outros em abundância. São definidos por raça e porte, sendo de pequeno, médio e grande tamanho. Algumas pessoas ousam dizer que eles roubam os nossos corações e depois as nossas camas, outros incluem nisso a constatação deles serem os melhores amigos do homem, ou seja, do ser humano. Com o tempo eles vem ganhado espaço dentro das casas das famílias brasileiras e sendo considerados “filhos”, assim passando a ter uma festa de aniversário, por exemplo.
Mas, muito além disso os animais vem ajudado algumas pessoas a lutar contra a depressão, como é o caso da estudante de odontologia da Universidade Franciscana Marina Dambrós da Silva, 23 anos. A história de Marina envolve o gato de estimação, Batman de dois anos e seis meses de idade. “Quando me mudei, perto do local tinha um mercadinho e nele tinha uma gata que estava grávida. Pedi para que guardassem um para mim e aguardei ansiosa pelo nenê. O moço do mercado escolheu o pretinho para mim. Nessa época estava muito deprimida e estressada e o meu nenê foi motivo de muita alegria para mim”, contou.
Marina logo em seguida adotou uma gatinha para ficar de companhia para o Batman, a Nina, que hoje tem um ano e dois meses. “Como sofro com depressão, eles são a minha razão de viver e sinto- me responsável por eles. O vejo como meus filhos porque estão sempre comigo, são frágeis e dependem de mim, sem falar do laço de amor”, relatou.
A estudante do curso de Direito da Fadisma e maquiladora Natália Saccol, 24 anos, sempre foi apaixonada por gatos e conheceu o “Nego”, nome dado ao felino através de um grupo de adoção. “Ele foi abandonado junto com a irmãzinha numa caixa na beira da Faixa Velha do bairro camobi. No primeiro dia em que ele estava comigo, ele me olhava no fundo dos meus olhos e não tenha dúvidas que ele já ganhou o meu coração ali.”, brincou. Para Natália, ele é um filho por conta do companheirismo e evita viajar e ficar muito longe por muito tempo. “Peguei-o para me ajudar com as crises de ansiedade e depressão, melhorei uns 80% com ele. Criei um filho mimado, ele sempre vai pro banheiro comigo, inclusive entra no box enquanto estou tomando banho e me acorda de manhã cedo para ganhar ração”, disse.
Outro caso de adoção foi o da Ravena, uma Border Collie de nove meses, que virou a filha da acadêmica de biologia Nathália Quaiatto. “ Eu trabalhava de babá em uma casa no qual os moradores só iam lá pra dormir, eles tinham um casal de border collies muito mal cuidados. A criança que eu cuidava me contou que acharam um monte de filhotinhos num galpão que ficava bem longe da chácara. Pedi para dar uma olhada e tinham cinco filhotes, sendo três machos e duas fêmeas. Eu peguei a fêmea mais animadinha. Na semana em que ela estava comigo levei ela ao veterinário e ela estava desnutrida e com dermatite na pele”, relatou.
Nathália ressaltou que criou junto com a mãe, um cachorro de campo dentro de um apartamento que tinha apenas um quarto, onde ela dormia no colchão de solteiro no chão da sala. “Nesses nove meses em que ela está comigo passamos por problemas financeiros, de saúde e pessoais, mas a Ravena sempre esteve junto com a gente. Ela não se importava se tinha só arroz para comer ou se a ração não era de uma marca boa, ela estava sempre comigo”, comentou. Conforme Nathália, a cadela é considerada sua filha por todo o companheirismo e lealdade. “Agradeço muito por ter essa oportunidade de viver um pedaço da minha vida com ela e espero que ela esteja do meu lado por muitos anos”, finalizou.
(*) Bruna Milani é acadêmica de Jornalismo da Universidade Franciscana e faz seu “estágio supervisionado” no site
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