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CULTURA. Na Feira do Livro, sábado tem a noite do Patrono Guido Isaia, filmes e lançamento de livro

As recordações de Guido Isaia, um dos grandes incentivadores da cultura de Santa Maria e patrono da edição 2020 da Feira do Livro

A grande atração deste sábado, da 47ª edição da Feira do Livro de Santa Maria, é o “Livro Livre”, que começa às 6 da tarde, com transmissão pelo YOUTUBE  e pelo FACEBOOK do evento. Este dia é inteiramente dedicado ao Patrono da Feira, o empresário e dirigente da Fundação Eny, Guido Isaia.

Com a mediação da jornalista Marilice Daronco, Isaia fai papear sobre a feira e, sobretudo, sobre os curtas-metragens produzidos por ele e pela família nos anos 50 e 60 e que terão trechos exibidos neste sábado.

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Também nesta noite, e simultaneamente ao papo com Guido Isaia, a jornalista também irá lançar o livro

Milímetros da história”, obra que conta com o patrocínio da Fundação Eny.

“Milímetros…” constrói memórias sobre as produções cinematográficas pioneiras em 16mm em Santa Maria e analisa como esses filmes colaboraram para a história do cinema local.  A jornalista e pesquisadora Marilice Daronco faz uso da história oral e de pesquisa documental para compreender como uma bitola amadora proporcionou a realização cinematográfica para muitos apaixonados por essa arte.

A ficção A ilha Misteriosa (1962), de José Feijó Caneda, o documentário de animação A Vida do Solo (11968), de Orion Melo, Joel Saldanha e Ana Primavesi, além dos filmes da família Isaia, como A Pandorga (11952) estão entre os protagonistas da obra. Aliás, este filme é um dos que será discutido no papo com Guido Isaia.

O livro é resultado da dissertação do Mestrado em Comunicação da autora na Universidade Federal de Santa Maria. Por meio de autores como Joel Candau, Andreas Huyssen e Beatriz Sarlo, ela discute a sedução da memória e os duelos entre o recordar e o esquecer.

Além disso, apropria-se do conceito de mídia da memória de Aleida Assmann para mostrar como os filmes feitos na cidade constituem uma importante fonte de memórias sobre a realização cinematográfica em Santa Maria, no Rio Grande do Sul e no País. Em síntese, é um livro que fala de uma tecnologia que fez pulsar o cinema amador na sua época, mas que mostra que foi a paixão dos realizadores que fez mover a engrenagem de câmeras e moviolas.

Marilice Daronco e “Milímetros da história”, patrocinado pela Fundação Eny e que tem tudo a ver com o que vai se discutir neste sábado

Milímetros da História (ficha técnica)

352 p.

Editora: Fundação Eny

Projeto Gráfico: Diego Borges

Arte da Capa: Diego Borges e Gabriel Renner

Tratamento de Imagens: Luiza Haesbaert

Distribuição Gratuita pela Fundação Eny. O livro pode ser retirado na Fundação, Rua Doutor Bozano 1129, de segunda a sexta, das 13h às 17h.

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