IMPRENSA. Legislativo recebe 225 exemplares por semana de jornais impressos. Custo anual: R$ 32 mil
Por MAIQUEL ROSAURO (com imagem de Reprodução), da Equipe do Site
Informação é algo que não falta na Casa do Povo. Por semana, a Câmara de Vereadores de Santa Maria recebe centenas exemplares de cinco jornais gaúchos. No total, são gastos R$ 32.681,10 com assinaturas.
Apenas do Diário são 31 edições diárias, no valor anual de R$ 27.304,80. Com o semanário A Cidade, o Legislativo investe R$ 2.200,00 em 22 assinaturas anuais.
Com Zero Hora, Correio Povo e Jornal do Comércio a Câmara possui apenas uma assinatura anual com cada veículo, que correspondem a, respectivamente, R$ 1.613,50; R$ 862,80 e R$ 700,00.
Somando tudo, a Casa do Povo recebe semanalmente 225 exemplares de periódicos impressos, sendo 186 exemplares do Diário; 22 de A Cidade; e seis do ZH; seis do Correio; e cinco do JC.
A última licitação de assinaturas de jornais foi feita em fevereiro e tem com o justificativa: “Para leitura e pesquisa pelos funcionários dos gabinetes parlamentares e setores administrativos da Câmara Municipal de Vereadores de Santa Maria” (AQUI).
Sábados
O Legislativo não tem expediente no sábado, mas isso não impede a entrega das 32 edições do Diário, uma de ZH e uma do Correio (o JC circula de segunda a sexta). Nesse dia, os periódicos são entregues na portaria da garagem do Parlamento. Como consequência, no início das manhãs de segunda não é difícil encontrar na Casa pilhas de jornais do final de semana que ninguém leu junto com dezenas de exemplares das novas edições.
Inflação
Em 2018, para 29 assinaturas do Diário; 22 de A Cidade; uma do ZH; uma Correio e uma do JC, a Câmara investiu R$ 25.704,70.
E quanto ao veículo zero km da Uglione adquirido pela Câmara Municipal em dezembro de 2017, ninguém fala? Detalhe; valor do “carrinho”: 79 mil reais; dinheiro público jogado no ralo; os santa-marienses precisam saber (e se indignar) com essa gastança dos “nossos bravos” vereadores.
Demorou para o site fazer esse levantamento. Que bom que fez, até pq seria incoerente fazer matérias sobre as cotas de telefonia e selos e esquecer dos jornais, uma vez que os jornais saem mais caro que a cota de selos.
Nesse postou, https://claudemirpereira.com.br/2019/04/luneta-eletronica-impressos-virtuais-comissao-especial-servidor-barrado-e-viagem-de-sexteto-de-edis/#comment-67667, o site comenta que a matéria gerou resultado no parlamento. Mas não é bem assim. A assinatura eletrônica não acabou com a assinatura impressa, então, na verdade, o resultado é pior: possuem assinatura eletrônica e ainda sim licitam a versão impressa.
Resumo do legislativo local: se fechar ninguém vai sentir falta, menos os envolvidos. Ainda por cima muito dinheiro seria poupado e utilizado em finalidades mais úteis. Alguém pode dizer que é uma afirmação antidemocrática. Ao que se pode responder com ‘é simplesmente reflexo do trabalho que lá se desenvolve, não se pode brigar com a realidade’.