Da Redação do Jornal do Brasil, com foto de ISAAC AMORIN (Divulgação)
Considerado por muitos como um “gol de placa” do governo Bolsonaro na montagem do seu primeiro escalão, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, tem acumulado uma série de reveses nos quatro meses à frente da superpasta que colocam em xeque o eventual sucesso dos planos para a área do ex-juiz da operação Lava Jato que é apontado como potencial sucessor do presidente em 2022.
Quando escolheu Moro para a pasta, Bolsonaro disse que ele teria carta branca para “perseguir uma agenda para o combate efetivo contra a corrupção e crime organizado, ao lado da Constituição e das leis”. Na ocasião, destacou que houve acordo em 100% das propostas de parte a parte.
Contudo, o implacável juiz, que abriu mão da carreira de 22 anos –após ficar internacionalmente conhecido pela Lava Jato, levando à prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva– para assumir o novo cargo, não tem tido até o momento tanto êxito na empreitada.
O ministro tem encontrado forte resistência no Congresso ao avanço de suas iniciativas. A primeira delas foi o fato de o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), praticamente ter congelado seu pacote anticrime – uma das vitrines da sua gestão – ao, em vez de dar prioridade, ter suspendido em março sua tramitação por 90 dias e colocado para avaliação com outras matérias do mesmo tema que já tramitam na Casa.
Esta semana, Moro também contou com duas outras adversidades. A comissão mista da medida provisória que instituiu a reforma administrativa do governo Bolsonaro retirou o Coaf – um conselho responsável por analisar movimentações financeiras que podem embasar investigações de lavagem de dinheiro – do ministério comandado por Moro para a pasta da Economia e devolveu a Funai, que estava no Ministério da Família e Direitos Humanos, para a pasta da Justiça, contrariando os interesses do ministro.
O titular da Justiça também atravessou percalços no próprio governo. Um deles foi a intervenção do próprio Bolsonaro de vetar no final de fevereiro a escolha por Moro da especialista em segurança pública Ilona Szabó para ser membro suplente do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária. Posteriormente, em encontro com jornalistas, o presidente disse dar carta branca aos ministros, mas com “poder de veto”.
O presidente também editou esta semana um decreto ampliando o porte de armas no país, que já está sendo alvo de contestações no Congresso e no Supremo Tribunal Federal.
Moro chegou a dizer, em audiência na Câmara, que a norma atende a uma das promessas de campanha eleitoral do presidente e que “eventuais divergências” são tratadas dentro do âmbito do governo. A norma foi elaborada pela Casa Civil, sem passar por análise do ministério, disse uma fonte…”
PARA LER A ÍNTEGRA, CLIQUE AQUI.
Por isto que falam em mandar o sujeito para o STF. Não concorre a presidente e é neutralizado, só um voto a mais. O resto é mimimi, esta história de ‘revezes’ é coisa de piá de 5 anos, adultos sabem lidar com frustrações.