SAÚDE. Ansiedade, mal com múltiplas causas. Veja como três santa-marienses a combatem no dia-a-dia

Por BRUNA MILANI (com fotos de Arquivo Pessoal), Especial para o Site (*)

Ela pode apresentar sintomas como o aumento das batidas do coração, falta de ar, tremores nas mãos ou em outras partes do corpo, mãos e pés frios, entre outros. Também está presente em 9,3% da população brasileira. Ela, no caso, é a Ansiedade. Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é considerado o país mais ansioso e estressado da América Latina. Os dados da OMS apontam que o maior número de casos de ansiedade está entre o público feminino, com 7,7%, atingindo  mulheres jovens, grávidas ou em período pós-parto e idosas. Já nos homens, ela aparece em porcentagem menor, com aproximadamente 3,6% dos casos.

Para a psicóloga Andressa Rocha da Cas, 23 anos, nos dias atuais há uma exigência exagerada de alcançar o sucesso profissional e independência pessoal e sentir-se “ansioso” por conta disso é um estado psicológico comum.

Para ela a ansiedade é diferente de estar num “estado ansiosa”, pois as pessoas que possuem o transtorno frequentemente se sentem incapazes de trabalhar ou estudar ou ter qualquer relação humana saudável, como viajar. Entre a diferença no quadro de ansiedade entre homens e mulheres, Andressa explica que os fatores genéticos e a influência exercida pelos hormônios sexuais devem ser levados em conta na diferença entre os públicos.

Aos 20 anos de idade, a acadêmica de Direito Giovanna Silva de Lima, hoje com 21, começou a ter crises de ansiedade ao começar a morar sozinha. “Eu ficava irritada, não conseguia focar em apenas uma coisa, sentia falta de ar, não parava de chorar e sentia como se fosse morrer”.

Giovanna também luta contra a depressão e ingere dois comprimidos por dia para os dois transtornos. Em relação à ansiedade, Ela  relata sentir com a faculdade, por estar sempre se cobrando em busca de notas melhores.

A operadora de caixa e assistente de crediário, Lorhaynne de Figueiredo Fenalti, 23 anos, começou a apresentar o quadro de ansiedade ainda na infância, por volta dos oito anos de idade. “Quando eu fico ansiosa, tento me distrair com algo. Minhas mãos soam, minha cabeça formiga e tenho vontade de chorar”, disse. Lorhaynne também sente outros sintomas como: falta de ar, boca cega, tremedeira nas mãos e, as vezes, no corpo inteiro, mas não apresenta um motivo para que a ansiedade aflore.Em relação ao tratamento, ela não faz acompanhamento frequente com psicólogo, mas já usou medicações como homeopatia, com uso de florais e acupuntura, com o médico Adair Marques.

O policial militar Cláudio Roberto Coelho de Oliveira, 32 anos, percebeu a ansiedade aos seis anos de idade. “Quando aguardava algo acontecer, como sair do interior e vir a Santa Maria visitar os parentes ou quando sabia que ganharia um simples presente em alguma comemoração, tendo em vista a ausência dos meus pais desde cedo”, comentou. Oliveira relata que quando começa a ficar ansioso sente que o coração fica mais acelerado, com azia, dor na cabeça, a visão fica turva, além de preferir ficar sozinho.

“Minha ansiedade atualmente se dá mais pela situação financeira. Sofremos descaso por parte dos nossos governadores há mais de 48 meses, com salários parcelados, Também sou pai e mãe de um casal de filhos, de 11 e seis anos, incluindo a faculdade” explicou.  Quanto ao tratamento, Oliveira falou que já procurou a ajuda de um psicólogo e a de um psiquiatra, mas que acabou abandonado o uso das medicações receitadas por conta dos efeitos colaterais.

(*) Bruna Milani é acadêmica de Jornalismo da Universidade Franciscana e faz seu “estágio supervisionado” no site