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JORNALISMO. Novo (e feminino) olhar sobre crônica esportiva. Uma referência? Maria Angélica Varaschini

Jornalista santa-mariense Maria Angélica Varaschini, da Rádio Imembuí, é referencia do jornalismo esportivo do Rio Grande do Sul

Por GIULIMAR MACHADO (com fotos de Reproduçao), especial para o Site (*)

Nesse final de semana está começando a Copa do Mundo de Futebol Feminino, algo considerado inédito no Brasil, pois a seleção feminina terá seus jogos transmitidos pela televisão de maior audiência dos pais.

A TV Globo transmitirá todas as partidas da seleção brasileira, que serão comentados pelas jornalistas Ana Thais Matos direto da cabine de transmissão. A jornalista do Grupo Globo estreou neste ano em jogos do Campeonato Paulista na SporTV e faz parte do programa “Troca de Passes” da emissora. Além da Ana, o time de jornalistas contará com a presença de Carol Barcellos, Lizandra Trindade e Nadja Mauad.

Desde o ano de 2018, o jornalismo esportivo vem ganhando uma nova cara, para dentro da televisão brasileira. Se nas ultimas décadas o publico se acostumou a ver rostos masculinos apresentando, narrando e comentando programas esportivos, dessa vez começa a descobrir uma nova era, onde as mulheres ocupam os postos dos principais programas esportivos do país.

As barreiras começaram a ser quebradas e um novo olhar para o esporte surge em busca de destruir a visão “superior” do homem e sobre o esporte. E em Santa Maria não é diferente, a mulher também começa a ganhar força nas transmissões dos jogos, a buscar a cada dia mais conhecimento e experiência. Um dos grandes exemplos da mulher no jornalismo esportivo é da jornalista Maria Angélica Varaschini.

Angélica começou a sua carreira no jornalismo esportivo na Rádio Imembuí, acompanhando os times da cidade, o Inter-SM e Riograndense. O começo acabou sendo difícil, pois ela não tinha muitos conhecimentos sobre os times da cidade.

Como todo começo de trabalho, o inicio sempre é complicado. Por ser uma das únicas mulheres a estar na beira do campo, fazendo parte das transmissões dos jogos, o preconceito fez parte no  inicio da trajetória. Existia muita desconfiança por parte dos torcedores, jogadores, comissões técnicas e até de jornalistas masculinos. Mas com o tempo as barreiras foram se quebrando e a conquista do espaço foi se tornando de forma natural e hoje o respeito e a admiração pelo trabalho da jornalista é visivel.

“Hoje em dia, posso ser considerada uma das referências do futebol do interior. Muitos técnicos, dirigentes me procuram para saberem sobre determinados jogadores, a minha credibilidade é muito grande e consegui abrir muitas portas”, comentou Angélica.

A jornalista acredita que a transmissão da Copa do Mundo da França Feminina, principalmente os jogos da seleção brasileira, é algo incrível para as mulheres que trabalham no jornalismo esportivo, como para as jogadoras, uma visibilidade maior do trabalho. Ainda existe uma barreira muito grande do futebol masculino para o feminino, por questões salariais, patrocínios e entre outras coisas.  Mas Angélica afirma que o olhar das pessoas para o futebol feminino pode fazer uma grande diferença, e que irão surgir novas oportunidades, não só para as jogadoras, mas para as jornalistas que buscam trabalhar com o futebol ou qualquer outro esporte.

“A mulher no jornalismo feminino precisa ser instigada desde a graduação. É fazer com que as meninas gostem de fazer o jornalismo esportivo, a ser repórteres de campo, apresentadoras, colunistas, a irem nos estádios, ginásios, a procurarem outros esportes. Ainda não existe uma igualdade, mas não existe diferença entre homem e mulher, porque a competência do bom profissional é o que irá fazer a diferença”, ressaltou a jornalista.

Angélica é apresentadora do Programa Pré-Jornada, que é realizado antes das partidas, é repórter e comentarista dos jogos e organiza toda a produção e apresentação das noticias esportivas que são transmitidas pela rádio nas programações.

Além disso, a jornalista realiza um trabalho individual através da internet com a sua página “Angélica FC”, que pode ser encontrada nas redes sociais, Instagram, Facebook, Youtube e através do  blog, que são comentários, vídeos sobre o futebol do interior gaúcho, e ainda estão para surgir novos projetos para a cada dia se integrar ainda mais no futebol.

(*) Giulimar Machado é acadêmico de Jornalismo da Universidade Franciscana e faz seu “estágio supervisionado” no site

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