LÁ DO FUNDO. Cechin, Pozzobom e a cédula. E ainda: nomes faltantes, chamego a Farret, CCs e nervosismo

Por CLAUDEMIR PEREIRA (com foto de Roni Riet/Divulgação/Arquivo), Editor do Site

– Como regra geral, desde o início da administração Pozzobom/Cechin, os vereadores petebistas Deili Silva e Ovídio Mayer se colocam como oposição.

– Mas isso é na Câmara. No Executivo, o  PTB mantém, também desde os primórdios do governo, um nome importante, que acaba por se transformar na ponte entre os edis e a Prefeitura.

– Ah, e não é qualquer um, não. Trata-se do próprio presidente da agremiação, Jair Binoto, que acaba de ser reconduzido no cargo, como você leu em nota anterior (AQUI), do repórter Maiquel Rosauro.

– Que se diga: o petebismo em Santa Maria é sui generis, na medida em que o vice, um assessor direto da vereadora Deili, na prática, é a intervenção parlamentar na Executiva. Ou não. O futuro dirá.

– Seguidamente, em ocasiões das quais este escriba foi testemunha, o prefeito Jorge Pozzobom, nos discursos, fazia questão de enfatizar, em algum momento, frase que se supunha emblemática.

– No caso, o prócer tucano dizia, a palavras tantas de qualquer discurso: “eu e o Cechin estaremos aqui até 31 de dezembro de 2020”. A indicar, claramente, não ser pretensão concorrer à reeleição.

– Pois, do jeito que a coisa está se colocando, que ninguém duvida: ambos deverão estar na cédula eletrônica. Só o que ainda não se sabe é se juntos.

– Atenção: são evidentes os sinais de lealdade administrativa e Cechin e Pozzobom estão mesmo juntos no governo. Já a questão eleitoral, parece claro, pode muito bem ser outra coisa.

– A tentativa de exumar politicamente o ex-prefeito, ex-vice e ex-vereador José Haidar Farret, que se imaginava aposentado, expõe um claro indicador.

– No caso, a óbvia falta de lideranças minimamente significativas em setores amplos do espectro ideológico. Animal político que é, claro que Farret não se faz de rogado.

– Afinal de contas, afora o reconhecimento à história do médico e político, também é posto como protagonista, senão do pleito, das articulações para 2020.

– E, vamos combinar: também se trata da confissão de culpa dos líderes mais conservadores, pela absoluta falta de renovação de quadros.

– Aliás, vários leitores se queixaram da ausência de pelo menos dois nomes, na nota publicada terça-feira passada (AQUI), sobre os 28 dentre os quais um será prefeito de Santa Maria.

– Houve quem ficasse chateado pela não citação de José Farret (sem partido) e Roberto Fantinel (recém-filiado ao MDB santa-mariense). Bueno, ei-los, então.

– Para fechar: tem gentes se esforçando muito para não mostrar que estão pê da vida com o governador Eduardo Leite. Mas estão.

– A razão é dupla: primeiro pela demoooora na nomeação dos cargos de confiança regionais de órgãos sediados em Santa Maria.

– E segundo, veja só, pelo fato (ou boato, ainda não se tem muito claro) de ter quem imagine a possibilidade de manutenção de alguns nomes. Pooois é.