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ARTIGO. Paulo Pimenta e desafio a Sérgio Moro, na Câmara: a abertura dos sigilos telemático e bancário

Quebra do sigilo de Moro, já!

Por PAULO PIMENTA (*)

Durante audiência da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, nesta terça-feira (2), desafiei o ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sérgio Moro, a abrir todo o seu sigilo telemático e bancário para ajudar a esclarecer denúncias sobre suas conversas criminosas com procuradores da Lava Jato, quando ainda era juiz na 13º Vara Federal em Curitiba.

Essa iniciativa é crucial para esclarecer o mar de dúvidas e suspeitas sobre o conteúdo das conversas vazadas pelo site The Intercept Brasil e outros meios de comunicação.  Trata-se de um escândalo de proporções mundiais, já que Moro violou todas as regras do Estado Democrático de Direito ao agir como acusador, não como magistrado, em um processo manipulado politicamente contra o maior líder popular da história brasileira, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Foram seis os documentos que apresentei para Moro assinar, já que quem não deve não teme. Se quisesse, podia ter assinado ali mesmo. Em um dos documentos, o ex-juiz que virou político autorizaria o Telegram a buscar as mensagens em seus servidores no caso de elas ainda estarem lá. Pus também os meus sigilos abertos, se Moro fizesse o mesmo. Mas o ex-juiz desconversou, não respondeu, como não respondeu à maior parte das perguntas que colocavam sua conduta sob suspeita.

O ex-juiz é tão cínico que no mesmo dia em que compareceu à Câmara anunciou-se que a Polícia Federal e o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) estão investigando as movimentações financeiras do jornalista Glenn Greenwald, do Intercept. É uma aberta intimidação, na tentativa de paralisar o trabalho jornalístico do site, a exemplo do que ocorre nas piores ditaduras.

Trata-se de uma das medidas mais graves contra a liberdade de imprensa tomadas desde a ditadura que usurpou o poder no Brasil entre 1964 e 1985. Não podemos permitir que Moro esteja gestando, junto com Bolsonaro, a instituição de um estado policial no Brasil.

Moro está cada dia mais exposto à opinião pública nacional e internacional. O mundo hoje já sabe que ele rasgou a Constituição e as leis brasileiras, desonrou a Lei da Magistratura, para atacar Lula em nome de um projeto político de extrema direita que ajudou a chegar ao poder com suas manipulações processuais.

Em qualquer lugar do mundo já estaria preso desde março de 2016, quando violou a Lei de Segurança Nacional ao grampear – e divulgar – ilegalmente conversa da presidenta Dilma Rousseff com o ex-presidente Lula. Nos Estados Unidos, país tão citado por Moro, ele já estaria atrás das grades há tempos. Com os crimes agora revelados pelo Intercept, sua pena seria agravada.

O fato é que Moro é investigado hoje pelo Supremo Tribunal Federal  (STF) pela prática de parcialidade na condução do caso específico de Lula. As revelações do Intercept mostram sua participação como comandante de fato da Lava Jato e das armações para condenar o ex-presidente Lula sem provas, a fim de tirá-lo da eleição presidencial de 2018. O caso será julgado em agosto – e todas as pessoas com senso de justiça aguardam a anulação do processo contra Lula, a maior vítima de uma perseguição judicial da história brasileira. É uma questão de tempo a libertação de Lula e a anulação de seu processo, tocado sem nenhuma lisura por Moro.

(*) Paulo Pimenta é Deputado Federal, líder da Bancada do PT na Câmara dos Deputados

OBSERVAÇÃO DO EDITOR: a imagem que ilustra este artigo,da interpelação do articulista, durante audiência com o ministro Sérgio Moro, é uma Reprodução da TV Câmara.

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2 Comentários

  1. Que Moral tem Paulo Pimenta para pedir quebra de sigilo bancário de Sérgio Moro? Porque não publicam também a resposta de Sérgio Moro? Tudo uma jogada para tentar destruir a imagem de um herói nacional! Áudios obtidos de forma ilegal, por um hacker criminoso aliado a um jornalista sensacionalista ligado ao Lula e ao PT, qual a credibilidade?

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