CULTURA. Confira os 10 motivos que garantem ser imperdível ouvir o bluesman Anthony ‘Big A’ Sherrod
Por MÁRCIO GRINGS (com foto de CRISTOPHE LOSBERGER), do Memorabilia
Depois de Wee Willie Walker, Witney Shay, Tom Worrell e Luciano Leães & The Big Chiefs, no próximo sábado, dia 27 de julho, o Memorabilia Blues no Plataforma 85 recebe o bluesman norte-americano Anthony “Big A” Sherrod. A quarta atração internacional do projeto nasceu em Clarksdale, no Mississippi, uma das cidades mais míticas do blues, berço de importantes nomes da música negra como Eddie Boyd, Jackie Brenston, Willie Brown, Sam Cooke, John Lee Hooker, Son House, Ike Turner, Robert “Bilbo” Walker Jr, entre outros. É também em Clarksdale que a Highway 61 encontra a Highway 49, encruzilhada onde supostamente Robert Johnson fundamentou seu pacto com o lado oculto da força.
Não que isso seja necessário, mas segue um recado final aos desavisados de plantão, pois elencamos alguns motivos para você não perder a mais essa apresentação inédita do Memorabilia Blues no Plataforma 85.
01 – O blues de volta a Santa Maria –
O projeto que começou em fevereiro desse ano, não apenas traz artistas ligados ao blues no RS, Brasil, América do Sul e Estados Unidos, o Memorabilia Blues projetou um calendário anual que segue até dezembro, apostando na carência de espaços ligados ao blues na cidade, como também resgatando um público cativo e que vem prestigiando cada evento que se sucede.
02 – Primeiro guitarrista a visitar o projeto –
Das atrações internacionais, o projeto já trouxe a cidade um cantor de soul/blues (Willie Walker/USA), uma cantora de soul/blues (Whitney Shay/USA) e um pianista ligado a cena de New Orleans (Tom Worrell/USA). Anthony Big A Sherrod é o primeiro guitarrista a visitar o Memorabilia Blues como protagonista, é além disso, o músico é ligado a uma das escolas mais tradicionais do blues mundial – o Mississippi.
03 – Anthony Big A Sherrod, um novo nome do blues norte-americano –
Filho do cantor gospel E.J. Johnson, Sherrod encontrou inspiração e instrução num dos grandes educadores sobre a geografia musical do Delta do Mississippi, Johnnie Billington, com quem trabalhou por muitos anos como sideman. Multi-instrumentista, além da guitarra – toca baixo, bateria e teclados. No entanto, é como guitarrista/cantor que Big A começa a fundamentar uma sólida carreira. O músico de 35 anos gravou dois álbuns – “Red Juke Joint Sessions – Vol 2” (2014) e “Right On Time” (2016), discos que revelam um artista fiel as suas origens, por mais que sua voz eventualmente flutue pelo soul, ou sua guitarra se aproxime de outras linguagens. Chance de ver em nosso quintal um dos proeminentes nomes do blues internacional. Músico residente no Red’s Lounge (398 Sunflower Ave, Clarksdale), um dos mais tradicionais bares com música ao vivo em sua cidade natal, Sherrod se declara apaixonado pela guitarra de B.B. King. No entanto, ouvi-lo ao vivo nos leva também a conexões com o som de Buddy Guy, e segundo Adrian Flores, que toca com ele e já o viu de perto muitas vezes, sua pegada se assemelha muito a de Big Jack Johnson, bluesman falecido em 2011 – “O Plataforma 85 não será o mesmo depois da passagem de Big A”, avisa Adrian.
04 – Adrian Flores –
Residindo há 15 anos no Brasil (Navegantes – SC), o músico/produtor argentino Adrian Flores (56) certamente é uma das figuras mais emblemáticas do blues sul-americano. Como pesquisador e amante do blues, são quase 40 anos de imersão, sendo que, há 27 anos atua como produtor de shows, tendo articulado a vinda de 52 artistas internacionais, isso somente de afro-americanos ligados ao blues. O resultado dessa atividade supera a marca de 600 shows pelo continente. Além disso, Adrian ainda atua como baterista e diretor musical nos eventos musicais que promove, recrutando músicos argentinos/brasileiros para acompanhar os gringos. Quem viu aqui no Brasil shows com Hubert Sumlin, Willie ‘Big Eyes’ Smith, Dave Myers, John Primer, Billy Branch, Jimmy Dawkins, Lurrie Bell, Eddie C. Campbell, Lazy Lester, Michael Dotson, Tail Dragger, Magic Slim, Henry Gray, Jody Williams dentre tantos outros, agradeça a Adrian – “Comecei a escutar blues em 1981, quando conheci a música de Elmore James. Depois disso não existiu mais futebol, cinema, TV, nem nada, apenas blues (risos)“, afirma o argentino.
05 – Los Gringos/Blues Special Band –
Além de Adrian Flores (bateria), o time que acompanha Sherrod conta com Santiago Tomy Esposito (guitarra) e Nico Fami (baixo). Quando não estão tocando como banda base de artistas norte-americanos, eles atendem por Los Gringos. Porém, quando o trio de argentinos acompanha importantes personagens do blues internacional, seja em tours pela América Latina, América Central ou Europa, chame-os de Blues Special Band, grupo montado por Adrian que já viveu diversas encarnações…”
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