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SEGURANÇA. Seminário explica como funciona e o Programa de Policiamento Comunitário recebe apoio

Entre os presentes, o vereador João Kaus (D), que manifestou seu apoio ao Programa
Entre os presentes, o vereador João Kaus (D), que manifestou seu apoio ao Programa

A presença dos responsáveis, do ponto de vista do Estado, pelo Programa Policiamento Comunitário, e as explicações oferecidas garantiram a adesão dos presentes ao seminário realizado ontem à noite, na Câmara de Vereadores.

O programa, que em Santa Maria seria aplicado inicialmente na zona oeste, contou com o apoio, por exemplo, do vereador João Kaus, que vive na Nova Santa Marta. Mais detalhes do encontro chegam através da assessoria de imprensa do deputado Valdeci Oliveira, que articulou o evento a que compareceu, entre outros, o secretário estadual de Segurança Pública, Airton Michels. A reportagem (texto e foto) é de Tiago Machado. Acompanhe:

“Em Seminário Regional, lideranças defendem adesão de Santa Maria ao Policiamento Comunitário

Realizado no Plenarinho da Câmara de Vereadores de Santa Maria, na noite de quinta (11), o Seminário Regional sobre o Programa Estadual de Policiamento Comunitário serviu para detalhar um dos principais projetos em andamento no Estado para reduzir os índices de criminalidade. Articulado pelo deputado estadual Valdeci Oliveira (PT), o Seminário teve a presença do secretário estadual da Segurança Pública, Airton Michels, do coordenador do Programa, Coronel Júlio Marobin, do vereador João Kaus (PMDB) do presidente da Agência de Desenvolvimento de Santa Maria (Adesm), Vilson Serro, de representantes do setor da segurança pública local e de várias lideranças comunitárias da cidade.

O deputado Valdeci abriu o seminário explicando que o evento visava a esclarecer dúvidas e ampliar o conhecimento das autoridades e da comunidade santa-mariense sobre esta forma de policiamento, que está implantada em 24 municípios gaúchos. “Queremos ampliar as informações para que a cidade veja o quanto pode ser importante para Santa Maria implantar com rapidez essa experiência. Fui pessoalmente a Caxias do Sul e Rio Grande para conhecer e fiquei bastante impressionado com o reconhecimento da comunidade e das autoridades”, justificou.

O  secretário Michels abordou o contexto nacional e estadual da segurança pública e ressaltou que diante dos desafios impostos pelos grupos criminosos e, principalmente, pelo tráfico de drogas, é preciso “inovar e ser criativo”. Ele afirmou que a Polícia Comunitária significa “justiça na distribuição dos serviços públicos”. “O Policiamento Comunitário amplia muito a sensação de segurança. 90% das pessoas que vivem nos territórios cobertos aprovam a ação. Com o Programa, temos uma presença muito mais forte das forças policiais nas vilas e não apenas nas áreas centrais”, salientou.

Depois de Michels, o coronel Marobin apresentou o formato do programa no Estado e seus principais resultados. Ele lembrou que o policiamento comunitário existia no Rio Grande do Sul até a década de 80 com a denominação de policiamento de quarteirão. O crescimento das cidades enfraqueceu a iniciativa, explicou ele. Marobin também informou que hoje existe um contingente de quase 600 policiais comunitários trabalhando em 146 núcleos implantados em 24 municípios gaúchos. “Cada núcleo conta com quatro policiais que moram e trabalham no perímetro definido. Todo núcleo recebe uma viatura zero quilômetro e os policiais ganham armamento, colete, algemas e rádio-comunicador”, explicou.

O coordenador do Programa no Estado também afirmou que o Policiamento Comunitário está regulamentado por decreto e está implantado em municípios administrados por diferentes partidos, como Caxias do Sul, Bento Gonçalves, Alegrete, Rio Grande, Passo Fundo, Canoas, entre outros. Todos municípios que contam com a Polícia Comunitária estabeleceram convênios com o Estado. “O Estado fornece os equipamentos, como viatura e armamento, e o município garante um auxílio-financeiro mensal, o qual permite que o policial more na comunidade atendida. Ao morar na comunidade que trabalha, o policial estabelece um vinculo direto com a população, que favorece o combate à criminalidade”, afirmou.

Resultados – Caxias do Sul foi um dos primeiros municípios a contar com o Programa. Lá, após a implantação do Programa, houve redução de praticamente todos indicadores de criminalidade, inclusive de 57% dos homicídios ocorridos dentro das áreas atendidas pelo projeto. “O foco do Programa é a redução de furto e roubos, mas chama a atenção também a redução de homicídios”, disse Marobin. 

Ele também explicou que o Programa não é restrito apenas as áreas urbanas das cidades: em Caxias, Pelotas e Rio Grande já teve início a implantação de núcleos nas áreas rurais.

Santa Maria – O deputado Valdeci aproveitou o Seminário para retomar a defesa da implantação da Polícia Comunitária em Santa Maria. De acordo com as tratativas já firmadas com a Secretaria Estadual da Segurança, o bairro Nova Santa Marta, na Região Oeste, seria o primeiro a receber núcleos. “Vamos continuar buscando sensibilizar as lideranças locais e, especialmente, a Prefeitura. Recebemos uma sinalização positiva no primeiro semestre, que, infelizmente, não teve prosseguimento. Não vamos desistir e continuaremos intermediando o ingresso de Santa Maria no Programa”, afirmou.

Presente no Seminário, o vereador João Kaus (PDMB) fez questionamentos ao secretário e ao Cel. Marobin sobre o funcionamento do trabalho e garantiu apoio à implantação de núcleos em Santa Maria. “Não há dúvida que é uma ação importante. É um acréscimo na segurança. Eu, como morador da Nova Santa marta, estou ao lado desse Programa”, afirmou.

Os líderes comunitários presentes também deram aval ao Programa e cobraram que a Prefeitura agilize a assinatura do convênio com o Estado. “Temos todo o interesse que Santa Maria faça parte desta política pública e já manifestamos isso ao Executivo. Continuamos à disposição da cidade”, disse Marobin.

Nesta sexta (12), o município de Cachoeira do Sul ingressará oficialmente no programa, assim como já acontece com Cruz Alta. 

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Um Comentário

  1. Enquanto isto, a polícia americana sofre grandes críticas, principalmente acusações de racismo e discriminação social.
    Um caso no Arizona, um em Cleveland, dois em NY.
    E como é o NYPD? Embora alguns usem uniforme e alguns níveis hierárquicos tenham nome militar, a polícia é civil. Carreira única, todos cursam a mesma academia e são promovidos por concurso e outros critérios dependendo da especialização. Uns seguem o caminho do policiamento ostensivo, outros da investigação.
    Logo, os mantras de desmilitarização que os advogados e sociólos repetem não passa de balela acadêmica. Para consertar o sistema (que até outro dia funcionava e era bom)não é preciso revolucionar o mesmo e gastar um monte de dinheiro numa medida que não tem garantia nenhuma de funcionar.

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