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EDUCAÇÃO. Luciano Hang ataca UFSM e diz que professores de esquerda doutrinam estudantes

Luciano Hang considera que a maior parte do valor destinado a instituições como a UFSM é usado na “folha de pagamento para professores de esquerda, que doutrinam os estudantes”. Foto Reprodução

Por Maiquel Rosauro

O empresário Luciano Hang, proprietário da rede de lojas Havan, visitou Santa Maria, na manhã quinta-feira (8), onde conferiu o andamento da obra de sua filial, na Avenida Hélvio Basso. No entanto, o que chamou a atenção de Hang não foi o empreendimento, mas o orçamento da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

No Facebook, o empresário disse que ficou impressionado com o fato de uma cidade com 300 mil habitantes ter um orçamento de R$ 780 milhões; enquanto que a UFSM, com seus 40 mil alunos, tem um orçamento de R$ 1,3 bilhão.

“Como pode uma universidade com 40 mil alunos gastar mais que 300 mil habitantes de uma cidade? A conta não fecha. Mas essa é a realidade das nossas universidades públicas brasileiras. E o pior é que a maior parte do valor destinado a essas instituições é gasto com folha de pagamento para professores de esquerda, que doutrinam os estudantes com ideologias marxistas e gramschistas”, publicou Hang.

O empresário disse ainda ser a favor de bolsas de estudos para alunos pobres e esforçados, ressaltando que estudantes com condições financeiras deveriam pagar para estudar na universidade pública.

“O governo não pode gastar BILHÕES com a minoria quando não consegue oferecer o básico para a maioria”, afirmou.

A previsão é de que loja da Havan em Santa Maria seja inaugurada no dia 2 de novembro. O empreendimento deve gerar cerca de 150 empregos.

UFSM enfrenta cortes e contingenciamento

“Está em questão aqui o mais grave ataque à autonomia da Universidade”, disse Burmann sobre o Future-se. Foto Divulgação

Ao mesmo tempo em que Hang fiscalizava a obra, do outro lado da cidade cerca de 1,2 mil pessoas lotavam o Centro de Convenções da UFSM para discutir o programa Future-se. A proposta do Ministério da Educação propõe a captação de recursos privados pelas universidades e institutos federais.

Durante a audiência pública, o reitor da UFSM, Paulo Burmann, lamentou a grave situação orçamentária enfrentada pela instituição, diante dos constantes cortes e contingenciamentos impostos pelo Governo Federal.

“Não precisamos de um Future-se para resolver a situação da universidade. Precisamos de investimentos públicos em educação, ciência e tecnologia para garantirmos a soberania nacional. Está em questão aqui o mais grave ataque à autonomia da Universidade”, declarou Burmann.

Para saber mais sobre a audiência pública realizada na UFSM, clique AQUI.

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11 Comentários

  1. O motivo pelo qual a UFSM tem orçamento maior que o município de Santa Maria é que a universidade é federal . A imensa maioria dos universitários não são de Santa Maria . Possuí estudantes de todo Brasil e de fora do país. É a maior indústria da cidade, a indústria do conhecimento que movimenta toda economia da cidade. Aluguéis, compra e venda de imóveis,alimentação,transporte coletivo, cultura e principalmente o comércio. Toda folha de pagamento dos funcionários da UFSM e de terceirizados são gasto aqui na cidade isto é ruim? Somente a Suclean entre UFSM e HUSM tem 1500 funcionários , 10 vezes mais o que a loja Havan vai ter. Sem falar no HUSM que atende mais de 50 municípios que só em culsultas são 22 mil por mês.

  2. Só penso se fechar o Hospital universitário(verba federal)!!!
    Como ficará a saúde em Santa Maria
    e da região central???
    Quem precisa do HUSM sabe o valor que ele tem.
    Quem nunca precisou… até pode falar abobrinhas… Mas, o dia de amanhã, ninguém sabe…

  3. Será que alguém, eu falo em autoridade, vai fazer um contra ponto com este sujeito? Duvido… O prefeito é do mesmo time… Talvez o Reitor faca algo… Espero…

  4. E eu fiquei impressionado com a preocupação com o fato do empresário responder a processos .
    Outros responderem e palpitarem não causa rebuliço.

  5. Todos têm direito a opinião, é certo. Não sei porque a do empresário teria um peso maior do que do restante da população. Não entro no mérito de quem ele é, seria falta de argumentos, a esquerda colocou na moda a desqualificação como ferramenta para evitar o debate de idéias. Motivos são óbvios.
    Professores que doutrinam alunos (não importa a ideologia) existem, sintoma da mediocridade do ensino. Esquecem que são professores, renegam a missão que lhes confere a sociedade.
    Questão orçamentária. Trata-se de problemas distintos. A universidade devolve muito pouco para o que recebe, o número não interessa. A cidade não se ajuda como deveria, questão cultural e econômica.
    Burmann desempenha o papel que se espera, aí mesmo que reside o problema. De onde menos se espera, daí que não sai nada mesmo.

  6. O Reuni e os salários pagos aos professores contribuíram e contribuem muito mais para a economia da cidade do que sua loja. Ele que cale a boca sobre assuntos que desconhece.

  7. O que preocupa não é a análise do varejista sonegador, mas o fato de ele achar que tem o direito de fazer apreciações sobre a Universidade
    A narrativa está nas mãos dessa gente que não compreende o caráter público da universidade pública e se apropria do Estado, na lógica do velho patrimonialismo!

  8. E eu fiquei impressionado em como uma pessoa que responde na Justiça Federal por diversos crimes cometidos, entre eles facilitação de descaminho, descaminho, falsificação, crime contra o sistema financeiro e ordem tributária, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, possa estar preocupada com algo que não faz sentido e não tem nada a ver com ela.

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