SALA DE DEBATE. Meio ambiente e a ação humana, obra na rua Riachuelo e a liberação dos jogos no País
Pode apostar: boa parte do “Sala de Debate” de hoje, entre meio dia e 1 e meia da tarde, na Rádio Antena 1, tratou de um assunto, digamos, guardao-chuva. No caso, a questão ambiental e o desenvolvimento. Vale para medidas anunciadas (ou palavras ditas) pelo governo de Jair Bolsonaro e também para obras necessárias em Santa Maria, como a que vai bloquear a rua Riachuelo por um período bem razoável de tempo. E também se fere, por exemplo, para a agricultura – outra situação tratada.
Mas, claro, outros temas surgiram no programa mediado por Roberto Bisogno, com a participação deste editor e dos convidados do dia, Alfeu Bisaque Pereira, Elvandir José da Costa e Luiz Ernani Araújo. Um deles, e que provocou grande polêmica entre os presentes, foi a liberação dos cassinos no Brasil – impedindo, segundo o argumento dos que defendem a ideia, que recursos sejam destinados a países vizinhos.
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Alguém já disse que loteria é o tributo sobre a imbecilidade.
Jogo não foi liberado ainda porque vão querer abrir um cassino a cada 500 metros. Muita gente defende liberar só no nordeste e no norte. Falta consenso. Bancada religiosa (principalmente) vai ser contra.
Economicamente não faz muito sentido, faz o dinheiro girar mas não agrega valor, não gera riqueza. Não é assunto com o qual se perda tempo.
Não é só vicio, em outros países existem jogadores profissionais, ganham a vida com isto. Quanto a pessoa que teria perdido 4 fazendas (se for quem estou pensando está mais para uma ou duas) de fato era vício. Gente que há 60 anos atrás ia para o exterior comprar genética. Triste.
Única vez que vi a CNN concordar com Trump, se a China e a Índia não cumprirem com os tratados os mesmos não valem nada. Quem fiscaliza a China? Vermelhinhos tem o antiamericanismo no sangue, os males chineses não interessam, é a ditadura de um partido, bem o que eles querem.
Há quem acredite que se o Brasil deixar a Amazônia como está vai poder utilizar o petróleo (e o gás) do pré-sal. Maior tendência é que não. Dois problemas, a riqueza que não poderá ser utilizada (minérios da Amazônia e o óleo/gás) e a fonte de energia (hidrelétricas nos rios do norte não poderão ser construídas também?). Quem acha que tudo se resolve com eólica e solar não sabe do que está falando.
Busílis é: como o pais sai do subdesenvolvimento? Todas as decisões tem impacto na vida da população.
Anos atrás ouvi a entrevista de uma cientista europeia. Questionou o motivo pelo qual o Brasil não discute a mudança climática já que mais de 80% da população mora perto do litoral e deve ser afetada. Alás, é uma boa pergunta para desmascarar quem vive falando no problema, questionar o que o IPCC vaticina para o RS.
Algumas cascatas. Satélites que medem o desmatamento não são brasileiros, logo ‘esconder a informação’ é mentira.
Espanha e Holanda compram soja do Brasil. Somando os dois não chega a 10% do que a China compra. Logo a preocupação com a Europa é mais uma cascata, não vão comprar porque são protecionistas, só mudaria a desculpa.
Quando um agricultor utiliza inseticidas ocorre mortandade de abelhas e jogam na conta dos ‘agrotóxicos’ também é mentira, propaganda.
Ciência tem por finalidade apresentar alternativas. Não serve para determinar políticas, muita gente tentou utilizar como argumento de autoridade para levar adiante propostas evidentemente ideológicas. Piorou a situação porque determinados problemas foram ideologizados, gerou reação e a solução ficou para as calendas. Ou seja, haverá consequências.
Questão ambiental é um problema sério. Também a climática.
Para começo de conversa, especialista em direito ambiental não é ecologista, biólogo, bioquímico, climatologista, etc. Pode até aprender alguma coisa sobres estes assunto, mas não fica proficiente nestas áreas. Tanto é que qualquer processo no judiciário envolvendo direito ambiental vai ter algum tipo de pericia, ou seja, necessitará peritos.
Segundo aspecto, muita gente ‘defendendo’ a ‘ciência’ sem nenhuma formação cientifica. Invariavelmente sai besteira. Noutro dia falavam na importância da Amazônia (que deve ser preservada tanto quanto possível) para o regime de chuvas no RS. Se acontecer o La Niña em determinada época vai faltar chuva por aqui. Fenômeno está relacionado com a temperatura das águas do Pacifico. Que por sua vez está relacionada com os ventos que lá sopram. Ou seja, não é tão simples assim.