Eleições 2020PolíticaSanta Maria

A CIDADE. Daniel Coronel, Marionaldo Ferreira e a necessidade de definir o modelo de desenvolvimento

Apontamentos para um programa de desenvolvimento econômico e social

Por DANIEL ARRUDA CORONEL e MARIONALDO DA COSTA FERREIRA (*)

No próximo ano, teremos eleição para a prefeitura de Santa Maria e possivelmente  ouviremos várias críticas, promessas muitas vezes utópicas, um cenário de terra arrasada, dentre outras questões. Contudo, o que é importante para o futuro de nossa cidade é a definição da cidade e do modelo de desenvolvimento a ser buscado, bem como quais projetos e ações são pertinentes e factíveis para o crescimento econômico e melhores condições de vida para a população.

Neste contexto, os candidatos devem ter ciência de que irão contar com um cenário de grande restrição econômica, tanto em nível federal como estadual, fruto de uma política contracionista e de forte controle de gastos, o que vai exigir criatividade, responsabilidade, tenacidade e definição de uma agenda prioritária.

Não obstante a isso, alguns aspectos  merecem destaque, tais como melhorias nas ruas e praças, maior sinergia com as universidades e faculdades da cidade, visando otimizar este rico e importante capital humano; ações concretas visando melhorar urgentemente os serviços de saúde, haja vista, por exemplo, o Hospital Regional, o qual não está atendendo em sua plenitude, o que corrobora cada vez mais para a lotação do Hospital Universitário, cujos profissionais fazem “verdadeiros milagres” para atender à demanda da população.

Além disso, é fundamental uma política de atração de investimentos para a cidade; uma reforma administrativa, visando à racionalização, à maior eficiência e eficácia nos serviços e ações da prefeitura; o aperfeiçoamento das ações culturais e educacionais; ações objetivas e criteriosas de órgãos como vigilância sanitária e demais aparatos do governo municipal; ações propositivas visando a uma estratégia para a Metade Sul em conjunto com os Coredes e demais órgãos diretivos, mas, sob hipótese  alguma, qualquer tentativa de criação de novas taxas ou aumentos de impostos, visto que os indicadores econômicos e sociais mostram que boa parte da população não consegue arcar com suas despesas devido ao aumento da inadimplência e do endividamento das famílias.

Enfim, em vez promessas e ações muitas vezes bonitas, que corroboram para pomposos planos de governos, tais ações podem ser a base de um plano simples, mas estratégico para o desenvolvimento e que atenda às demandas da sociedade.

(*) Daniel Arruda Coronel é Professor Associado da UFSM, Bolsista de Produtividade do CNPq e Membro da Academia Santa-Mariense de Letras (ASL). Marionaldo da Costa Ferreira é servidor público federal e Psicanalista em formação.

OBSERVAÇÃO DO EDITOR: A foto (de urna eletrônica) que ilustra este artigo é uma reprodução da internet.

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2 Comentários

  1. Pelo menos não papagaiaram coisas como “startups, inovação e empreendedorismo”. Óia o PDT voando mais alto aí genteeeee!

  2. Plano atual é o que é porque foi feito tendo como premissa a ‘vontade política’ como fator de desenvolvimento. Resultado foi um documento feito de maneira amadora e democratista.
    Investimento externo só vai aparecer se o pessoal de fora identificar oportunidades. As necessidades da aldeia são problema da aldeia.
    Publicidade não resolve o problema. Investidores/empresários não precisam de muita coisa para saber que as coisas não são bem como os autóctones estão pintando. Já aconteceu até de prefeito trazer empresários para cá com resultados nulos.
    Mão de obra é extremamente fácil de ser trocada de lugar. Principalmente se for jovem, recém-formado, sem família constituída e sem experiência.
    Aldeia também precisa ‘cair na real’. Arranjos produtivos locais, pólo de defesa, etc. tudo muito grandioso e bonito no papel. Promessas para daqui 50 anos, sendo que para os que chegarem lá a meta já deve ter mudado muitas vezes.

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