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‘ELENA QUINTEROS’. Escolinha popular para crianças e jovens na região oeste quer ampliar a sua estrutura

Por AMANDA XAVIER e BRUNA HOMRICH (com imagem de Divulgação), da Assessoria de Imprensa da Seção Sindical dos Docentes da UFSM

Elena Quinteros era o nome de uma educadora e militante anarquista, presa e morta durante a ditadura militar uruguaia. Sua trajetória de luta por uma educação popular e emancipadora inspirou moradores e moradoras da Ocupação Vila Resistência, localizada na Zona Oeste de Santa Maria. Fruto disso, hoje, Elena Quinteros também é o nome da Escolinha Comunitária da comunidade.
Foi com a intenção de oferecer aos jovens e crianças que residem na Vila uma educação que fuja do modelo formal e que contribua na formação de sujeitos autônomos, críticos e questionadores, que a construção da Escolinha começou a ser pensada.

Segundo Raianny Silva, estudante de Artes Visuais na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e também moradora da comunidade, um espaço nesses moldes já era tido como uma necessidade para a Ocupação, que abriga hoje mais de 40 famílias. “Ter um espaço para as crianças, para os jovens, para que eles não estejam na rua. Ter um espaço que traga cultura, educação, lazer para dentro da comunidade. Foi daí que surgiu essa necessidade, de como a gente constrói e se organiza a partir daqui e de que maneira a gente consegue dar conta dessas necessidades que seriam básicas, mas que muitas vezes são negadas”, relata.
Baseada na ideia de educação popular, há cerca de três meses a Escolinha já atende crianças, por meio de educadores voluntários, com encontros que ocorrem aos sábados. “Os educadores são em grande parte ligados a licenciaturas e ainda em processo de formação, mas não precisam necessariamente ser da área, desde que se proponham à ação educativa”, destaca a estudante.
Porém, apesar da vontade de construir um espaço que seja aberto a todos e todas, e que contribua para a formação dos jovens e crianças, as dificuldades bateram à porta. O local que já serve para atender as primeiras turmas é pequeno e feito com materiais precários, o que limita a atuação da escola. Desta maneira, os moradores e moradoras passaram a se mobilizar via redes sociais com o intuito de arrecadar fundos para melhorar e aumentar a sua estrutura.

Uma vakinha on-line e uma Ação Entre Amigos foram feitas na intenção de arrecadar o valor de R$ 5 mil. De acordo com Raianny, qualquer ajuda é bem-vinda, mas no momento a arrecadação do valor é fundamental para que se possam comprar os materiais para a reforma. Doações de madeiras, pregos e telhas, também são aceitas.
O plano é que futuramente, além de atender as crianças e jovens da ocupação, o espaço possa servir também a crianças que moram nos arredores da Vila. Outra meta é que a Escolinha abra turmas de alfabetização para adultos e sirva como sede para a cooperativa de mulheres da Vila.

Luta por moradia

Além das dificuldades estruturais encontradas para construir a escola, os (as) moradores (as) da Vila Resistência também encampam uma luta contra o município de Santa Maria pelo direito à moradia.

Ano passado, a juíza Eloisa Helena de Hernandez, da 1ª Vara Civil Especializada em Fazenda Pública, havia deferido liminar à prefeitura para reintegração do terreno localizado no Parque Pinheiro Machado. Frente à ameaça concreta de despejo, os moradores ocuparam o saguão do prédio da prefeitura, e lá obtiveram do superintendente de Habitação do município, Wagner Bittencourt, a afirmativa para realização de audiência de conciliação – que ocorreu em setembro de 2018.

A audiência, contudo, terminou sem conciliação, visto que a prefeitura não apresentou nenhuma proposta que não fosse o despejo das mais de 40 famílias. O processo ainda tramita na Justiça.

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