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PARTIDOS. Crise no PSL atinge também Santa Maria. Executiva debanda. Eloi Garay, o novo presidente local

Presidente da República Jair Bolsonaro está, no mínimo, incomodado com os rumos do PSL e dá sinais de desgaste com a direção nacional da agremiação. Em Santa Maria, a Executiva deixou o posto e o advogado e radialista Eloi Garay (no detalhe) é o novo presidente

Por MAIQUEL ROSAURO (com montagem sobre fotos Divulgação e Agência Brasil), da equipe do Site

A quarta-feira (9) foi tensa no Partido Social Liberal (PSL) de Santa Maria. Após a imprensa nacional noticiar que o presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), pretende deixar a sigla, uma clima de incerteza tomou conta da agremiação. Em poucas horas, o que era apreensão se tornou uma debandada de toda a Executiva Municipal.

Às 15h51min, via WhatsApp, a reportagem do site entrou em contato com o então presidente municipal do PSL, Patric Lüderitz, em busca de um posicionamento frente às informações de que Bolsonaro estudava deixar o partido.

“Boa tarde amigo. Minha avaliação é aguardar os acontecimentos. No momento, nada mais que isso”, respondeu Lüderitz.

Às 18h05min, foi a vez de Lüdertiz entrar em contato com o site. Em uma mensagem de áudio, ele explicou a insatisfação com o presidente nacional do PSL, Luciano Bivar, o qual disse mais cedo que Bolsonaro já não possuía mais nenhuma relação com o partido. Também anunciou que o advogado, radialista e ex-candidato a deputado estadual, Eloi Garay, é o novo presidente do PSL/SM.

“Devido ao partido estar fazendo tudo o que está fazendo contra o nosso presidente da República, nós da Executiva Municipal de Santa Maria vamos sair. O Garay inclusive já está empossado. Nós apoiamos o nosso presidente Jair Bolsonaro. Por esse motivo, mostramos nosso descontentamento e não estamos mais alinhados com o PSL em nível de Estado e de Brasil. Não podemos admitir que o presidente do partido fique brigando com o presidente da República”, relata Lüderitz.

O site entrou em contato com Garay duas vezes, na noite de quarta, que confirmou estar à frente do partido em Santa Maria. Porém, ele comentou que estava reunião com lideranças do PSL e não poderia, naquele momento, conceder uma entrevista.

Entenda a crise

O descontentamento de Bolsonaro com o PSL iniciou em fevereiro, quando o jornal Folha de S. Paulo divulgou um esquema de candidatos laranjas do PSL em Pernambuco e Minas Gerais, que teriam desviado recursos via caixa 2 para a campanha eleitoral de 2018.

O clima esquentou de vez no último domingo (6), quando a Folha revelou que um depoimento e uma planilha obtidos pela Polícia Federal sugerem que o esquema de laranjas em Minas Gerais desviou recursos para abastecer até a campanha presidencial de Bolsonaro ano passado.

Na terça (8), Bolsonaro acendeu o estopim da crise ao dizer a um apoiador para que “esquecesse” o PSL.

Já na noite dessa quarta (9), buscando apaziguar os ânimos, Bolsonaro disse a jornalistas que, por enquanto, segue na sigla e que o atrito não passou de uma “briga de marido e mulher”. Contudo, o presidente também destacou que o PSL está estagnado.

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