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O verdadeiro exorcismo – por Bianca Zasso

EXORIST, I.V.

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Santa Maria vive seus dias mais lindos com a chegada da Feira do Livro. É contagiante ver novos leitores dando os primeiros passos, escolhendo seus livros com euforia, assim como é mágico constatar que tem muita gente lendo e investindo em livros. Ué, mas está não é uma coluna de cinema, você deve estar se perguntando. É, sim. E quer coisa mais cinematográfica que um bom livro? Isto porque, além de servir de base para roteiros, as páginas cheias de letrinhas também contribuem para intensificar o sabor dos filmes.

O exorcista, antes de virar sucesso nas telonas pelas mãos do talentoso William Friedkin, foi presença na cabeceira de alguns leitores corajosos. O romance de William Peter Blatty é uma boa pedida não só para os admiradores da literatura de horror. Bem escrito, ele contém elementos que não foram inseridos no filme, como o mistério que envolve Karl, o mordomo da Sra. McNeil, que é mãe da garotinha possuída Regan, a grande imagem do filme. Daquelas coisas poderosas onde até quem nunca passou perto do filme conhece o rosto cheio de cicatrizes e de olhar sinistro. No entanto, não são os ataques sombrios de Regan o grande tema de O exorcista. Quem leu, sabe do que eu estou falando.

Vamos passar longe daquela discussão infantil de quem é melhor, se o filme ou o livro. Ambos têm seus méritos. Acredito que quem já passou da adolescência sabe que, em vez de bater boca, devemos nos dedicar a apreciar as duas formas de arte, sem comparativos. O exorcista, o livro, contém um ingrediente que dá outra visão para O exorcista, o filme. Com vários capítulos voltados na busca do padre Karras de uma ajuda para a possuída Regan, conhecemos a fundo os traumas de um homem que está em dúvida quanto a sua fé.

Óbvio que mostrar uma adolescente deformada pelo demônio rende mais imagens que um quarentão em crise. Mas depois da leitura, a figura de Regan fica em segundo plano. O final violento envolvendo Karras é que é o verdadeiro exorcismo da história. Com a ajuda das linhas escritas por Blatty (que também assinou o roteiro do filme), O exorcista ganha um significado extra, tão poderoso quanto o que presenciamos antes de ler o livro.

O exorcista é apenas uma das muitas possibilidades de dar um charme extra aos filmes inspirados em livros. Levante da poltrona, vá até a Feira do Livro e seja cinéfilo. As bancas estão cheias de possibilidades. E novos filmes.

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