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UFSM. Sindicato docente se reúne com reitoria. Na pauta: sistema de ingresso, o déficit orçamentário…

No encontro, Sedufsm também apresentou a demanda por férias de 45 dias

Sindicato reivindicou direito a férias docentes de 45 dias e monitoramento da saúde psíquica da categoria (Foto Bruna Homrich/Sedufsm)

Por Bruna Homrich / Da Assessoria de Imprensa da Seção Sindical dos Docentes da UFSM (Sedufsm)

A situação orçamentária da UFSM, a proposta que altera as formas de ingresso na instituição, o calendário letivo e a minuta dos encargos docentes estiveram na pauta da reunião solicitada pela SEDUFSM com a reitoria da universidade. O encontro ocorreu na terça-feira, 13, com a presença da vice-reitora Martha Adaime e das diretoras e diretores da Sedufsm Ascísio Pereira, Leonardo Botega, Liane Weber, Simone Gallina e Cláudia Benetti.

Déficit de R$ 12 milhões

De início, a vice-reitora já salientou que a instituição encerrará o ano de 2022 com um déficit de R$ 12 milhões e que a perspectiva para o próximo ano não é das melhores, visto que não há previsão de aumento de recursos no orçamento de 2023. O que tornou toda a situação mais difícil ainda, explica Martha, foi o vai e vem protagonizado pelo governo de Jair Bolsonaro, que bloqueio, cortou e voltou atrás (dada a pressão dos movimentos sociais e dos dirigentes de instituições federais) por diversas vezes, gerando instabilidades e incertezas.

“Para o ano de 2024, precisaremos lutar por uma dotação maior”, diz a gestora, antecipando, também, que a UFSM conseguiu realizar um remanejamento orçamentário para que o pagamento das bolsas seja realizado, visto que a questão da permanência estudantil foi o principal flanco do mais recente corte anunciado pelo governo federal.

Ampliando a discussão sobre o ingresso

O segundo ponto da reunião foi reservado à minuta de resolução que propõe alterar as formas de ingresso na UFSM – hoje acessada essencialmente pelo SISU. Com a proposta apresentada pela reitoria, a mudança no ingresso ocorreria de forma gradual ao longo dos próximos anos, obedecendo à seguinte ordem:

– No primeiro semestre de 2023, as vagas ainda serão 100% via SISU. Já no segundo semestre será feito um processo reduzido, em que 30% das vagas serão reservadas para o vestibular e 70% das vagas para o SISU;

– Em 2024, a proporção de 70% das vagas para o SISU e de 30% das vagas para o vestibular se mantém, e a primeira prova do processo seletivo seriado (PSS1, referente ao primeiro ano do Ensino Médio) é realizada;

– Em 2025, ocorre a segunda prova do processo seletivo seriado (PSS2, referente ao segundo ano do Ensino Médio), e a proporção de vagas segue 70% para SISU e 30% para vestibular;

– Já em 2026, ano de realização da terceira prova do processo seletivo seriado (PSS3, referente ao terceiro ano do Ensino Médio), as proporções finalmente se modificam: 30% das vagas seriam para o SISU, 30% para o vestibular e 40% para o processo seletivo seriado.

Segundo Martha, hoje, com o ingresso via SISU, 40% das vagas são preenchidas de início e as 60% restantes vêm sendo preenchidas via chamada oral. E, nas chamadas orais, as escolhas dos estudantes pelos cursos seriam menos vocacionadas e mais pragmáticas – no sentido de escolher em qual curso conseguiria ingressar com sua pontuação.

Simone Gallina, contudo, provoca a reflexão sobre a importância de a universidade assumir o protagonismo também nas discussões e elaborações sobre questões curriculares, visto que ali poderiam estar muitas respostas sobre o próprio fenômeno da evasão.

Leonardo Botega apresentou, então, a Martha, a proposta de que a minuta não seja levada à apreciação do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE) neste momento, tendo em vista a necessidade de se ampliar o debate sobre a proposta. Liane Weber também reforçou a ideia: “gostaríamos de levar esse debate para a assembleia. Então no mínimo teríamos de ter o mês de janeiro para conversar com nossa base”, complementou a dirigente.

Férias e adoecimento docente

Como terceiro ponto da reunião esteve a organização do calendário letivo. Botega apresentou duas demandas levantadas pela diretoria da SEDUFSM:

1 – a garantia de 45 dias de férias (sendo 30 dias em um período, e 15 dias em outro);

2 – o cuidado com as condições de trabalho e o adoecimento docente.

O diretor destacou que vêm aumentando os relatos na base docente sobre adoecimento mental e sofrimento psíquico. Dessa forma, a diretoria da seção sindical propôs à vice-reitora que a instituição crie algum tipo de instância para monitorar a saúde docente e que se atente para aprovar um calendário que não gere sobrecarga à categoria…”

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