ARTIGO. Jorge Pozzobom e a chegada dos recursos para aquisição de equipamentos do Hospital Regional
Hospital Regional: mais uma etapa, mais uma conquista
Por JORGE POZZOBOM (*)
Na última quinta-feira, eu recebi um convite muito especial, para acompanhar a comitiva do presidente Jair Bolsonaro em Bento Gonçalves, onde, diante dos holofotes internacionais, em meio à Cúpula do Mercosul, foi anunciado o repasse de R$ 36,6 milhões para o nosso Hospital Regional. O tom e a solenidade condizem com a importância da informação. Mesmo diante de um cenário de dificuldades financeiras, o Governo Federal honrou o compromisso assumido no início deste ano com Santa Maria, com a Região Central, e liberou a verba ainda no exercício de 2019. Mais uma etapa vencida, mais uma conquista para ser celebrada. O que não quer dizer que não temos, ainda, muito o que cobrar para termos o Hospital Regional funcionando com 100% da sua capacidade.
O Hospital Regional é uma obra de muitas mãos. Por isso, no momento do anúncio dos R$ 36,6 milhões, eu fiz questão de agradecer, além do presidente Bolsonaro, ao ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, à secretária estadual da Saúde, Arita Bergmann, ao ex-secretário João Gabbardo, e aos ministros Onyx Lorenzoni e Osmar Terra. É claro que todos nós gostaríamos que esse grande complexo hospitalar, erguido com recursos públicos e para atender 100% pelo Sistema Único de Saúde (SUS), já estivesse operando a pleno. E isso certamente estaria ocorrendo, se, entre 2011 e 2014, a obra não tivesse ficado totalmente parada por vontade (ou má-vontade) do Governo Estadual. Ou, ainda, que lá, no começo dos anos 2000, o projeto não tivesse encontrado tanta resistência de um grupo político santa-mariense para conseguir sair do papel. Mas, como eu sempre digo, otimismo venceu o pessimismo. E vencerá mais uma vez.
No dia 17 de abril, quando estive em Brasília com o ministro Mandetta, cadastramos o Hospital Regional de Santa Maria para receber recursos do Fundo Nacional de Saúde. Pouco tempo depois, no início de maio, recebemos a notícia de que o Governo Federal havia garantido R$ 50 milhões para compra de equipamentos. Deste montante, agora, R$ 36,6 milhões (ou seja, mais de 70%) já estão liberados e depositados na conta do Governo do Estado, que terá a tarefa de encaminhar o processo licitatório para a realização das compras. Depois do anúncio dos R$ 36,6 milhões, algumas pessoas ainda questionaram que esse recurso não significaria, necessariamente, a abertura dos leitos do Hospital Regional. Mas é justamente esse recurso que permitirá a abertura dos leitos! Sem camas, sem aparelhos respiratórios, sem Raio-x, não pode haver internação. E é justamente esta etapa que estamos vencendo para o funcionamento do Hospital Regional com 100% da sua capacidade. Que me perdoem os pessimistas, mas eu sou otimista. E seguirei assim. Pois avançamos com o nosso Hospital Regional.
(*) JORGE POZZOBOM é o Prefeito Municipal de Santa Maria. Sua trajetória como agente político começou com dois mandatos de vereador, tendo depois se alçado, pelo voto popular, à Assembleia Legislativa. Em meio ao segundo período, em 2016, foi eleito para conduzir o Executivo santa-mariense. Ele escreve no site às terças-feiras.
OBSERVAÇÃO DO SITE: A foto que ilustra este artigo, de Divulgação/AIPM, é do encontro, em Bento Gonçalves, do prefeito com o ministro Mandetta, o presidente Bolsonaro e a secretária Arita.
Problema é que Cladistone tem pouco ou quase nada a ver com o Ambulatório Regional. Este é da responsabilidade do governo estadual e, em menor parcela, do governo federal. Ou seja, não adiante querer faturar politicamente em cima que não vai colar.
Assunto também traz de volta a ladainha. Hospital começou no governo Yeda com Terra secretario da saúde. Instalação era para ser da rede Sarah ou ter destinação semelhante (governo de esquerda não entregaria para o terceiro setor). Obra se arrastou e ao final do mandato, mesmo sem estar pronta, foi ‘concedida’ as 45 minutos do segundo tempo pelo comissário Tarso, o intelectual, para o cumpenheiro reitor. Este duplicaria o numero de vagas no curso de medicina (inviabilizando o da UFN que já tinha sido prejudicada na ampliação do próprio hospital). Sem falar nas atochadas, gente falando que já havia orçamento (que é feito um ano antes) para destinar a um hospital que não estava pronto. Se tivessem falado que era possível remanejar até passaria.
Resumo da ópera: campanha do ano vindouro tem que discutir a falta de leitos (que tem múltiplas causas), os buracos da cidade, o dependência econômica do salario do funcionalismo. Problemas, porque as soluções não são mais que obrigação dos políticos.