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PRESSÃO. Após o adiamento da votação do pacote, base do governo negocia para tentar votar um projeto

Assembleia deverá analisar uma das propostas do governo do Estado nesta terça-feira. Mas aliados ainda tentam acordo para isso

Do site do Correio do Povo, com texto de LUIZ SÉRGIO DIBI e foto de VINICIUS REIS (Assembleia)

Depois de um dia marcado pelo intenso processo de negociação e articulação política, o Palácio Piratini anunciou a decisão de adiar a votação da maior parte do pacote de revisão das carreiras e das regras previdenciárias do funcionalismo. A intenção do governador Eduardo Leite (PSDB) era que todos os sete projetos do pacote, que tinham regime de urgência, fossem apreciados a partir desta terça-feira na Assembleia – além desses textos ainda há uma Proposta de Emenda à Constituição, que tem tramitação diferenciada. Porém, diante da pressão dos aliados e da incerteza sobre a capacidade de somar os votos necessários para a aprovação, apenas uma das matérias deverá entrar na pauta nesta terça-feira.

Mesmo assim, deputados de diversas bancadas da base governista ainda pretendem promover adequações ao PLC 503/2019, que trata do regime de contribuições dos servidores civis. “Temos um acordo, firmado entre os líderes das bancadas que formam a base do governo, de deliberarmos o primeiro texto da lista, que ainda será submetido a algumas adequações”, declarou o líder do governo, Frederico Antunes (PP), no início da noite desta segunda.

Após uma desgastante jornada de reuniões, sendo parte no Piratini e parte no Parlamento, Antunes também disse ter encaminhado acordo para que os aliados analisem a possibilidade de inclusão de mais alguma matéria, desde que ela receba os ajustes satisfatórios até o momento de elaboração da ordem do dia de votações.

Os ajustes que estão em discussão se referem à tabela das alíquotas de contribuição. Conforme a proposta original, todos os servidores, ativos e inativos, passariam a contribuir com 14% de seus vencimentos a partir de um salário mínimo. As alíquotas aumentariam progressivamente até 18% para os maiores salários. Parte das bancadas da base querem que as contribuições para quem recebe até três salários mínimos fique em 7,5%, passando a 14% a partir desse valor. Outras bancadas defendem que a progressividade seja superior aos 18%, atingindo o máximo percentual permitido pela Constituição, que são os 22%.

A definição da tabela de alíquotas para os servidores do Estado, contudo, somente será definida em reunião da base, marcada para 9h30min desta terça, na sala da liderança de governo, na Assembleia. Caso os deputados cheguem a um termo consensual, esta proposta será apresentada ao governador para, por fim, ocorrer a decisão de votar ou não o PLC 503/2019.

A intenção dos parlamentares é ter uma sugestão construída antes da reunião dos líderes, onde será estabelecida a ordem das votações. Os projetos não incluídos na pauta deverão ser votados em convocação extraordinária prevista para entre os dias 27 e 30 de janeiro.

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