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CIDADANIA. Manifestação pelas “vidas trans” pede criminalização da LGBTfobia. E ainda assiste ameaças

Ato ocorreu na praça Saldanha Marinho. Bispo anglicano, vereadora e militantes e apoiadores foram e se manifestaram em solidariedade

Por FRITZ R. NUNES (texto e foto), da Assessoria de Imprensa da Seção Sindical dos Docentes da UFSM

O Coletivo Voe, que reúne ativistas em defesa da diversidade sexual e de gênero, organizou no final da tarde desta quarta, 29, na praça Saldanha Marinho, uma manifestação pelas “vidas trans”. O objetivo principal foi denunciar o quadro de assassinatos contra mulheres trans, que estão ocorrendo desde o ano passado. Foram cinco mortes entre setembro de 2019 e janeiro deste ano.

Ocorreram diversas falas durante o ato, mas uma das que chamaram a atenção é a da advogada Renata Quartiero. Vice-presidente da comissão de diversidade sexual e de gênero da OAB/Santa Maria, Renata destacou que a criminalização da LGBTfobia seria uma medida efetiva do ponto de vista jurídico, que combateria a impunidade e assim contribuiria para evitar a ocorrência de crimes transfóbicos.

Quem participou da manifestação em solidariedade às trans, na data em que se celebrava o Dia Nacional da Visibilidade de Travestis e Transexuais, foi a vereadora Luci Duartes (PDT), mais conhecia como Tia da Moto. Ao ocupar o microfone ela enfatizou que não estava naquele espaço pensando em política. “Estou aqui porque sou uma de vocês”, ressaltou a parlamentar.

Libertação ou opressão?

Uma das presenças bastante significativas no ato desta quarta foi a do bispo da Igreja Anglicana de Santa Maria, localizada na Catedral do Mediador, Francisco de Assis Silva. O bispo fez questão de destacar que a igreja da qual participa é solidária com a população trans. Citou que, em São Paulo, foi ordenada na Anglicana, a primeira pastora trans do Brasil. Para Francisco, é preciso lutar por uma “sociedade sem preconceitos” e para que “a religião não seja um instrumento de opressão, mas de libertação”.

Pessoas merecem viver

Na condição de integrante do Coletivo Voe, Gabriela Quartiero também deu um depoimento durante a manifestação. Bastante emocionada e ao mesmo tempo indignada, ela argumentou que se tem falado que o Brasil é o país que mais mata transexuais. Contudo, para Gabriela, é preciso que a sociedade reaja, pois “as pessoas não são só estatísticas”. E acrescentou que os que militam pelos direitos LGBT nem tinham passado a situação de luto e já ocorriam novos assassinatos de trans. “Não podemos aceitar passivamente. As pessoas merecem viver”, reforçou ela.

Intimidação na praça

Durante a manifestação na praça, duas transexuais procuraram tanto as representantes do Coletivo Voe como os integrantes da OAB Santa Maria. Elas reclamaram de uma mulher que, se dizendo da polícia, as estavam fotografando. Ao ser abordada, a mulher teria se retirado do local proferindo palavras de preconceito, ódio e ameaças. A atitude gerou preocupação, pois esta pessoa ameaçou as trans de que sabia aonde elas trabalhavam e, coincidência ou não, as duas trabalham próximo de onde ficavam Veronica e Carol, duas vítimas de assassinato.

Conforme a advogada Renata Quartiero, a comissão de diversidade sexual e de gênero, através do advogado Thiago Carrão, acompanhou as duas mulheres trans para realizar um boletim de ocorrência contra essas atitudes intimidatórias, ocorridas em pleno centro da cidade, durante um ato público…”

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