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Schirmer e o PSOL 2. Saiba o que disse o prefeito aos militantes, sobre as sugestões feitas

O relato sobre o encontro dos dirigentes do PSOL, com o prefeito municipal Cezar Schirmer, está parcialmente contemplado pelos jornais da cidade, nesta quinta-feira. No entanto, faltam, penso, detalhes importantes – além do documento que publiquei na íntegra na nota imediatamente abaixo. Esses pormenores me foram repassados pelo dirigente da sigla, João Damian. Aliás, além da presidente do partido na cidade, Sandra Feltrin, e do frei Sérgio Görgen, do Movimento dos Pequenos Agricultores, também estiveram no gabinete do prefeito três lideranças regionais do MPA e a irmã Lourdes Dill, coordenadora do Projeto Esperança/Cooesperança. Acompanhe a seguir o que me disse Damian e, lá embaixo, um pequeno comentário meu:

 

Conforme Damian, a reunião teve origem quando logo após o pleito o prefeito procurou o PSOL e “mesmo sabendo que o partido se manteria como  oposição”, solicitou que fossem apresentadas algumas propostas defendidas durante a campanha, “principalmente a que se referia a compra dos produtos da merenda escolar diretamente da agricultura familiar e a reciclagem do óleo de cozinha. Por isso, inclusive, diz o dirigente do PSOL, foi feito contato com o MPA e o Projeto Esperança, que têm trabalhos na área.

 

Conforme Damian, a posição do prefeito, exposta no encontro, é comprar produtos produzidos no município, mas reconhece que  a produção de alimentos por parte de Santa Maria é irrisória; trazemos de fora quase tudo. Segundo ele, “somos auto-suficientes apenas em relação ao arroz, melancia e carne de gado. Disse Schirmer aos participantes do encontro que, como  Presidente do Consórcio Intermunicipal de Saúde,
pretende trabalhar em conjunto com os municípios da região não só a questão da saúde, mas outras questões como a da produção. Santa Maria, como cidade pólo, deve  chamar para si a responsabilidade no tocante à resolução de vários problemas regionais.

 

Segundo Schirmer, no relato de Damian, a relação de Santa Maria com os municípios deverá mudar. Neste aspecto, enquanto a produção local não for suficiente para atender as escolas, creches e restaurantes populares, propôs que o MPA apresente uma lista de produtos produzidos na região que poderão ser adquiridos pelo município. Essa proposta é uma alternativa a que vem sendo discutida por alguns vereadores de terceirização da merenda escolar.

Já no que toca à reciclagem do óleo de cozinha, o MPA apresentou a Schirmer a proposta de, num primeiro momento, organizar a coleta em Santa Maria, via escolas  e restaurantes e fazer a reciclagem numa micro-usina que está em funcionamento em Santa Cruz do Sul. O MPA se responsabiliza pela colocação em cada escola, condomínios e restaurantes de vasilhames, que serão recolhidos periodicamente pelo próprio Movimento e levados para Santa Cruz. O óleo recolhido aqui seria  trocado por  alimentos. Inicialmente, a idéia é verificar e ter a dimensão exata da quantidade de óleo de cozinha que pode ser recolhido na cidade para, posteriormente, instalar aqui uma micro-usina de  biodiesel para a produção de combustível que seria utilizado nas máquinas da prefeitura. O custo dessa micro-usina está em torno de R$ 300 mil.

 

Novamente, continua Damian, o prefeito se mostrou receptivo a idéia, mas ressaltou que gostaria que tal reciclagem fosse feita em Santa Maria. Neste sentido, o MPA vai apresentar a proposta já desenvolvida naquela cidade, no que tange ao material de conscientização e organização da coleta para  se discutir com  o setor responsável da prefeitura.

Por fim, como os jornais registraram, o prefeito solicitou um prazo de 30 dias para que o setor  responsável, que poderá ser  Superintendência de Segurança Alimentar, seja implantado e ai sejam feitas as reuniões de trabalho para o encaminhamento das duas propostas.


COMENTÁRIO CLAUDEMIRIANO: não há dúvida que as idéias são boas. E tomara que não sejam apenas um conjunto de boas intenções. Do ponto de vista político, não deixa de ser interessante constatar a presença, no gabinete do prefeito, numa audiência que durou pelo menos uma hora, do PSOL, do Movimento dos Pequenos Agricultores e, especialmente, do Projeto Esperança/Cooesperança -que não são exatamente simpáticos para muita gente do Executivo. Um avanço de civilidade, que pode redundar em benefícios para a comunidade.

 

 

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