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UFSM. Muito além do conhecimento: Universidade é importante geradora de empregos em quatro campi

Por Juan Grings / UFSM

Além de ser um polo educacional com mais de 25 mil estudantes que se configura como uma das 15 universidades brasileiras que mais produzem ciência, entre outros indicadores de destaque, a UFSM também tem grande importância para Santa Maria e região no quesito geração de empregos. Além dos servidores públicos, há trabalhadores terceirizados e empregados indiretos, responsáveis por manter a estrutura da Instituição – e por aquecer a economia local.

Atualmente, segundo dados da UFSM em Números, são 4.751 servidores públicos na Instituição, sendo 2.070 docentes e 2.681 técnico-administrativos em educação, que atuam nos quatro campi.

O campus sede, em Santa Maria, conta com 4.334 servidores. Dentre os centros, o Centro de Ciências da Saúde (CCS) é o que mais emprega, num total de 512, sendo 325 professores e 187 técnico-administrativos. Entretanto, a maior quantidade de servidores públicos atuando na Universidade está lotada no Hospital Universitário de Santa Maria (Husm): 923. Já os campi de Palmeira das Missões, Cachoeira do Sul e Frederico Westphalen empregam, respectivamente, 135, 136 e 146 servidores.

Somados, os valores pagos a servidores na ativa e aposentados ou pensionistas, de todos os campi da Universidade e do Husm, chegaram a R$ 840,178 milhões no ano passado (valores líquidos).

 

Agittec: inovação, empreendedorismo e empregos

Outra importante geradora de empregos – diretos e indiretos – para Santa Maria é a Agência de Inovação e Transferência de Tecnologia (Agittec) da UFSM. No balanço mais recente, feito no primeiro semestre de 2019, foram constatados 136 postos de trabalhos espalhados entre as 25 empresas incubadas na Incubadora Pulsar e na Incubadora Tecnológica de Santa Maria (ITSM).

No segundo semestre, 22 empresas participaram da seleção, sendo que 14 foram aprovadas. Com os prazos para elaboração de contrato e instalação ainda transcorrendo, só será feito um novo monitoramento para levantamento das vagas geradas no final de janeiro.

Um trabalhador que atua em uma das empresas incubada pela Agittec observa que este movimento empreendedor está crescendo graças ao apoio da Universidade.

“São várias startups que estão se desenvolvendo dentro da Agittec. Podemos dizer que, se não fosse ela, estes empregos dificilmente existiriam, pois graças ao ambiente, ao apoio da UFSM, estas empresas iniciam e já geram emprego”, afirma Denilson Zanon, funcionário da Rota Simuladores.

Após o processo de incubação, muitas empresas surgidas na UFSM seguem se expandindo e gerando empregos no mercado.

Além dos postos de trabalho, os resultados financeiros das incubadas também se destacam. Juntas, as empresas que utilizam a estrutura da Agittec tiveram mais de R$ 40 milhões faturados em 2019, além de outros R$ 326,6 mil arrecadados em impostos.

 

Terceirizados atuam em diversas áreas

Dada sua dimensão e complexidade, a estrutura da UFSM não se mantém apenas com os servidores públicos, que ingressam na Instituição por meio de concurso público. Existem diversas atividades de apoio que são realizadas por funcionários terceirizados. Uma das empresas contratadas pela UFSM para a prestação de serviços disponibiliza trabalhadores em áreas fundamentais, como limpeza e conservação, apoio e manutenção do campus, transportes (motoristas), vigilância e portaria.

Ao todo, são 795 postos de trabalho gerados por meio destes contratos com a empresa para o campus de Santa Maria (dados de dezembro de 2019). Alguns destes postos de trabalho geram emprego para mais de uma pessoa, visto que atividades como vigilância, por exemplo, funcionam em todos os turnos, ocorrendo revezamentos por escala. Ou seja, um posto de trabalho pode ser ocupado por duas ou mais pessoas nesses casos.

Os serviços terceirizados também contemplam funções mais especializadas, necessárias para o andamento das atividades cotidianas na Universidade. José Carlos Machado Quartiero trabalha como operador de áudio nas emissoras de rádio da UFSM desde 2019. Para ele, que trabalhava como autônomo antes de ser contratado para a função, é a possibilidade de colocar em prática os aprendizados do curso de radialista que fez.

“O ensinamento que a gente tem na UFSM não se restringe só ao áudio, a gente aprende também a trabalhar com vídeo. Isso nos evolui bastante”, afirma.

Para manter em plena atividade os serviços terceirizados nas áreas citadas, a UFSM desembolsa mensalmente R$ 3,1 milhões, conforme previsto nos contratos firmados. Parte significativa deste montante é paga em salários, que são injetados em toda a estrutura de comércio e serviços.

 

No Husm, três tipos de contratos

Hospital Universitário de Santa Maria (Husm), situado no campus sede, pode ser considerado um caso à parte no que se refere à geração de empregos da UFSM. Isso porque, nele, existem três tipos de contrato para empregados.

Somados, servidores pelo Regime Jurídico Único (923), funcionários contratados pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (852) e terceirizados (578) contabilizam 2.353 profissionais atuantes. São números que qualificam o Husm não só como referência clínica, mas também como grande fonte empregatícia da região.

 

Empregos indiretos

Outro tipo de geração de empregos viabilizado graças à UFSM diz respeito aos estabelecimentos comerciais que funcionam nos campi, selecionados por meio de edital. No campus de Santa Maria, são 13 lancherias, seis fotocopiadoras, além de farmácia, agências bancárias, posto de gasolina, entre outros.

Um exemplo de trabalhador empregado pelo comércio no campus sede é Deise Larrea, que há quatro meses foi contratada por um restaurante nos fundos do prédio da Reitoria. Ela trabalha como cozinheira e comemorou a oportunidade de ocupar a vaga aberta pelo estabelecimento. A Coordenadoria de Serviços Gerais da UFSM não tem o levantamento de quantos são os empregos gerados por esses estabelecimentos.

Além disso, a intensa movimentação diária nos campi resulta indiretamente em vários outros postos de trabalho, como por exemplo motoristas e cobradores de ônibus. São números que, mesmo sem se ter uma precisão, atestam a importância da UFSM para a economia de Santa Maria e região de abrangência.

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