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Guerra civil. Advogada, a portadora da ordem para matar agentes penitenciários paulistas

Advogados, no momento presos, seriam os pombos-correios do Primeiro Comando da Capital (PCC), que controlam o crime organizado em território paulista e responsável pela verdadeira guerra urbana em que se transformou São Paulo. E mais: uma advogada é que, segundo relatório reservado do Ministério Público, no dia 26 de junho, levou, de um presídio do interior daquele estado, onde esteve para conversar com um cliente (e do grupo de chefes do PCC) a ordem para matar os agentes penitenciários.

Dois dias depois, tudo começou. E, sem contar os mortos das últimas 48 horas, já foram 15. Uma carnificina. E a conflagração que toma conta de São Paulo atinge contornos dramáticos, ao ponto de imaginar-se que o Iraque pode estar mais próximo.

O repórter Alan Gripp, da sucursal de Brasília do O Globo teve acesso ao documento do MP e ele é a base da reportagem que o jornal carioca publica em sua edição desta sexta-feira. Confira:

”Advogados repassaram ordens

Uma advogada levou a ordem da principal facção criminosa de São Paulo para assassinatos em série de agentes penitenciários no estado. Relatório reservado do Ministério Público estadual, ao qual O GLOBO teve acesso, revela que a ordem foi dada no dia 26 de junho, na cadeia de Getulina, quando a advogada se reuniu com um dos principais chefes da quadrilha.

Em depoimento à Polícia Civil, ela negou ter passado o recado adiante, mas dois dias depois do encontro agentes penitenciários começaram a ser atacados e mortos. Mais de 15 foram assassinados desde então, sem contar os atentados de ontem e anteontem.

O relato faz parte de uma denúncia oferecida pelos promotores do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaerco) à Justiça contra três advogados que se aliaram à facção que comanda, de dentro dos presídios, a onda de violência em São Paulo. Eles foram flagrados em gravações atuando como mensageiros dos chefes de quadrilha para determinar assassinatos e rebeliões.

Os profissionais, que estão presos, foram denunciados por formação de quadrilha, motim de presos, dano ao patrimônio público e cárcere privado. Seus nomes foram preservados porque eles estão jurados de morte.

Serviços oferecidos aos presidiários

A ordem para as mortes dos agentes penitenciários foi dada, segundo os promotores do MP, por Anderson de Jesus Parro, conhecido como Moringa. Apontado como um dos chefes da facção, ele determinou que a advogada levasse a ordem a outro preso, conhecido como Magrelo, no presídio de Flórida Paulista, que a repassaria para integrantes da quadrilha soltos. Segundo o relatório, a ordem “bem evidencia a audácia e organização da quadrilha, efetivamente integrada pela advogada”. No dia 5 de junho, a mesma advogada recebeu de Orlando Mota Júnior, o Macarrão, no parlatório do presídio de Presidente Venceslau, a determinação de repassar a ordem para o início de rebeliões nos presídios de…


SE DESEJAR ler a íntegra da reportagem, pode fazê-lo acessando a página do jornal na internet, no endereço http://oglobo.globo.com/jornal/pais/.

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