JornalismoPolíticaTrabalho

TRABALHO. Sindicato articula protesto de jornalistas em Brasília contra os ataques do presidente Bolsonaro

Em janeiro de 1984, fotógrafos do Palácio do Planalto cruzaram os braços em protesto pela forma como eram tratados por João Figueiredo

Do portal Congresso em Foco, em texto de PATRÍCIA MARTINS (com foto de J. FRANÇA/Arquivo)

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal (SJPDF) está mobilizando os profissionais que fazem a cobertura do Planalto e do Congresso Nacional para um protesto na Esplanada dos Ministérios em defesa do jornalismo e da democracia e em repúdio aos ataques  feitos pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O ato está marcado para o dia 18 de março.

Veja o vídeo de convocação para o ato:

 

Na manifestação, os jornalistas pretendem repetir o ato histórico feito por fotógrafos que cobriam o Palácio do Planalto (onde despacha o presidente da República) em 1984. Em protesto contra o tratamento dispensado pelo presidente da época, general João Figueiredo, cruzaram os braços e abaixaram as câmeras, dando origem à imagem histórica destacada acima.

“Os ataques do Bolsonaro contra a imprensa infelizmente nos fazem recordar muito a esse momento da ditadura militar em que tinha um enorme desrespeito e censura com os jornalistas e a imprensa. É necessário relembrar esse momento, não só o que acontecia, mas também a resposta dos jornalistas à isso”, esclareceu Juliana César Nunes, diretora do Sindicato.

Juliana explica que o sindicato e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), que endossa o protesto, atendem a uma reclamação dos profissionais da área, que são frequentemente alvos de ofensas e de ironias de Jair Bolsonaro ao exercerem o ofício. Segundo ela, “a categoria está muito indignada com o desrespeito que vem ocorrendo”. A data escolhida tem como objetivo coincidir com o dia escolhido por vários movimentos de oposição para se manifestar “em defesa dos serviços públicos, da educação e dos direitos”.

Ataques sistemáticos

A diretora explica que os ataques à imprensa não são casos isolados e sim sistemáticos e que o ocorrido na última quarta-feira (4), em que um humorista fantasiado de presidente da república distribuiu bananas e debochou de jornalistas na saída do Palácio Alvorada foi a “gota d’água”. “É um acúmulo de algo que já estava muito engasgado e latente na categoria. Acredito que tenha sido a gota d’água”, pontuou.

Os ataques a jornalistas e a veículos de imprensa cresceram 54,07% no primeiro ano de governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), aponta levantamento da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj). O número passou de 135 em 2018 para 208 no ano passado. A maioria deles (116) partiu da própria presidência. Em dezembro do ano passado,por exemplo, Bolsonaro disse a um repórter que ele teria uma “cara de homossexual terrível“.

PARA LER A ÍNTEGRA, NO ORIGINAL, CLIQUE AQUI.

Artigos relacionados

ATENÇÃO


1) Sua opinião é importante. Opine! Mas, atenção: respeite as opiniões dos outros, quaisquer que sejam.

2) Fique no tema proposto pelo post, e argumente em torno dele.

3) Ofensas são terminantemente proibidas. Inclusive em relação aos autores do texto comentado, o que inclui o editor.

4) Não se utilize de letras maiúsculas (CAIXA ALTA). No mundo virtual, isso é grito. E grito não é argumento. Nunca.

5) Não esqueça: você tem responsabilidade legal pelo que escrever. Mesmo anônimo (o que o editor aceita), seu IP é identificado. E, portanto, uma ordem JUDICIAL pode obrigar o editor a divulgá-lo. Assim, comentários considerados inadequados serão vetados.


OBSERVAÇÃO FINAL:


A CP & S Comunicações Ltda é a proprietária do site. É uma empresa privada. Não é, portanto, concessão pública e, assim, tem direito legal e absoluto para aceitar ou rejeitar comentários.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo