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Operação Rodin (22). PF busca provas contra “3º líder da quadrilha”. Ele é “de alto escalão”

O repórter Francisco Amorim revela, na edição deste sábado de Zero Hora, o que a versão digital do jornal antecipou agora há pouco, que a Polícia Federal reúne provas contra o terceiro integrante do grupo que idealizou o esquema que lesou o Estado em cerca de R$ 40 milhões, a partir da fraude que envolve o Detran e a Fatec, fundação vinculada à UFSM.

 

As informações foram repassadas pelo Procurador da República Enrico Rodrigues de Freitas, que disse também o valor da propina recebida pelo trio ainda incompleto: R$ 500 mil. Contra os R$ 300 mil que eram pagos no início da fraude, em 2003. Ele, inclusive, confirma notícia já oferecida, mais cedo, pelo delegado federal Gustavo Schnaider.

 

Essa quantidade de informações novas que surgem a partir da Operação Rodin, tornada pública na última terça-feira, com a prisão de 13 pessoas e a apreensão de um sem número de documentos e equipamentos eletrônicos, explicam porque a Polícia Federal solicitou (e levou, como você leu aqui com absoluta primazia, agora há pouco) a prorrogação, por mais cinco dias, da prisão temporária de oito detidos – os outros cinco foram liberados. O último deles o presidente exonerado da Coperves, Dario Trevisan de Almeida, que deixou a superintendência da PF, em Porto Alegre, no final da noite de quinta-feira (saiba mais clicando aqui).

 

Pelo menos dois presos estariam colaborando efetivamente com a investigação, de olho no prometido benefício da “delação premiada” que, intermediada pela Justiça, poderá redundar na redução da pena em até dois terços, conforme a “qualidade” das informações e provas oferecidas.

 

Por conta disso, não há dúvida, é muito grande o nervosismo. Inclusive porque, conforme Freitas revelou ao repórter de ZH, o terceiro nome é de “alto escalão”. O que significaria isso? Não se sabe. Exceto que pode balançar bastante o Estado. O que também é uma suposição, na verdade, porque os investigadores não esclarecem.

 

Em todo caso, esta sexta-feira foi aparentemente proveitosa para os que apuram a fraude. E também trouxe pelo menos uma grande conseqüência política. O Partido Progressista, reunido em Santa Maria para o seu primeiro Congresso Estadual, e que deveria tratar de estratégias eleitorais, acabou invertendo a pauta e discutindo exaustivamente a Operação Rodin.

 

Três graduados dirigentes do PP foram presos pela PF. Dois deles ainda permanecem presos: Antônio Dornéu Maciel e Clóvis Ubiratan dos Santos. O primeiro é tesoureiro da Executiva. O segundo, e também Flávio Vaz Netto (presidente exonerado do Detran), integrantes do Diretório Estadual. Os três acabaram afastados no início da noite desta sexta.

 

Fica, por fim, a sensação de que essa história ainda vai render muito. A este repórter já chegaram várias versões. Algumas, cá entre nós, bastante fantasiosas. Outras aparentemente fazem sentido. No entanto, somente publicarei o que tiver fonte identificável ou for meeeesmo notícia. Boatos, rumores, bem, eles existem. Mas não dão qualquer substância. Por isso, são apenas anotados, mentalmente. Mas não publicados. Seria, convenhamos, uma leviandade. Que não queremos e não cometeremos.

 

 

SUGESTÕES DE LEITURA – Confira, aqui, a reportagem “Três dos idealizadores da fraude contra o Detran continuavam no comando do esquema”, de Francisco Amorim, publicada por ZeroHora.Com.

Leia a notícia  “Últimos depoimentos revelam mais detalhes sobre a fraude do Detran”, publicada por ZH.Com, com informações da Rádio Gaúcha.

Confira aqui a íntegra da nota “PP afasta suspeitos”, publicada no Blog de Rosane de Oliveira, em Zero Hora.Com.

Ah, e não deixe de ler o que escrevo na coluna Observatório, que publico no jornal A Razão, e que estará disponível aqui mesmo daqui a pouco, logo após às 8 da manhã. O título da nota é “Sim, não somos a ilha incorruptível”.

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